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- Paisagista Cria Jardim Tropical no Litoral Paulista
Projeto de paisagismo de um jardim tropical em terreno íngreme tem vista privilegiada para as belas praias de Ilha Bela, litoral paulista A primeira vista o terreno de 1,5 mil m², localizado em Ilha Bela, litoral paulista, realmente fortaleceu a certeza da paisagista Margareth Linhares de que este projeto seria o maior desafio da sua carreira, até então. “Sabia que não seria fácil, mas eu gosto de trabalhos que testem o meu conhecimento” , comenta Margareth. Fazer um projeto paisagístico em uma casa de praia exige inúmeros cuidados, mas no caso da Ilha Bela, é ainda mais complicado pela necessidade da travessia em balsa. “Tínhamos que esperar os caminhões com terra conseguir espaço na balsa e depois fazer a obra sem o auxílio de um munck, que não chegava até lá” , explica a paisagista. Localizado numa parte bem alta da ilha, o terreno proporciona uma vista única, capaz de possibilitar um projeto paisagístico com muito charme e requinte. E foi exatamente o que aconteceu. O desejo da cliente em ter uma casa com muito conforto, beleza e funcionalidade, transformou-se em realidade. O objetivo da paisagista era oferecer o melhor resultado possível e fazer com que o casal, dono da propriedade, ficasse em êxtase naquele espaço. “Eles tinham que fazer parte daquilo e desfrutar da vista, da paisagem e de todo o ambiente de uma forma geral”. Plantas tropicais que se adaptam ao vento constante foram as escolhidas para este projeto, que levou cerca de 2 anos e foi desenvolvido em duas etapas principais: a primeira foi a seleção e plantio de perenes como palmeiras e frutíferas, enquanto a casa estava ainda em obras. Nesta fase a paisagista auxiliou o cliente na definição dos taludes, decks e também na escolha de fornecedores de serviços; a segunda etapa foi a criação de canteiros e plantas floríferas, um pedido especial da dona da casa, que gosta de tudo muito florido e organizado. Por se tratar de um terreno com muitos percalços, foi preciso ter bastante flexibilidade durante as obras para compor este jardim tropical. “No meio do projeto a gente se deparava com pedras que não podiam ser retiradas do local nem demolidas, então, o jeito era adequar o projeto àquela nova realidade” , diz Margareth. www.facebook.com/ateliemargarethlinhares
- Tierra Chiloé, ao norte da Patagônia Chilena
Hóspedes do Tierra Chiloé têm a oportunidade de conhecer uma paisagem estonteante, pontuada por inúmeros montes, ilhotas, fiordes e lagos Os turistas que visitam a Ilha de Chiloé, na Região dos Lagos e Vulcões, ao norte da Patagônia Chilena, terão a oportunidade de conhecer uma paisagem estonteante, pontuada por inúmeros montes, ilhotas, fiordes e lagos, por meio de excursões especiais que podem ser feitas a cavalo, de barco ou em caminhadas. Quem oferece esses passeios deslumbrantes é o Tierra Chiloé Hotel & Spa , novo empreendimento da rede Tierra Hotels localizado na Península de Rilán, a poucos minutos de Castro, capital de Chiloé. Todos os hotéis da rede seguem a mesma assinatura, internacionalmente reconhecida por oferecer estrutura com design de vanguarda totalmente inserida em paisagens mágicas, transformando a hospedagem em uma experiência inesquecível em meio aos mais importantes e belos destinos do Chile. O Tierra Chiloé recebeu destaque na Hot List do Condé Nast, na lista de Travel + Leisure e em Fodor”s 100, surpreendendo por sua arquitetura, tão nobre como vanguardista, que resgata a identidade da Ilha. Obra da Mobil Arquitectos (Sebastián Morandé, Patricio Browne e Antonio Lipthay), o hotel foi construído em 2011 com o nome de Refugia, com uma superfície de 1.250 m², localizado em um terreno de 10 hectares com saída para o mar. A arquitetura inspirada nas tradicionais “palafitas” da ilha (casas construídas sobre pilotis a beira-mar), a estrutura apresenta um desenho geométrico sustentável, que oferece um ambiente íntimo e acolhedor. Após um longo estudo sobre as condições do terreno, o design do hotel permitiu otimizar a energia natural. Seguindo antigas técnicas de carpintaria, o hotel foi revestido com clássicas telhas de madeira de alerce, um trabalho realizado junto à comunidade local. Por seu compromisso com a sustentabilidade, o hotel conta com o selo S de Sernatur e oferece 12 apartamentos de 30 m², localizados no piso superior, com vista panorâmica para o mar interior. Entre os passeios oferecidos, outro destaque é a navegação a bordo da Williche, uma embarcação própria feita de madeira e construída por carpinteiros locais. Desse modo, os turistas podem reviver a história e percorrer os mesmos trajetos dos nômades que habitavam a região. Os tours duram de seis a sete horas e acontecem sempre que as condições meteorológicas permitem. Um dos roteiros começa com uma visita a Chonchi, onde estão grandes casas antigas, um museu e a Igreja de San Carlos, declarada Patrimônio Mundial pela UNESCO, e inclui ainda passagens pelas ilhas Lemuy, Chelín e Quehui. O segundo passa pelo povoado de Tenaún, pela ilha de Mechuque, onde se navega por canais com vistas para pequenas ilhas, e pelo povoado de Mechuque. Para quem prefere excursões terrestres, a dica é um passeio de van até o povoado de Rilán, onde se pode fazer uma caminhada por trilhas com vistas para as ilhas do arquipélago e outros povoados menores. Para os mais aventureiros, há ainda as cavalgadas que mostram o que Chiloé tem de mais interessante: a praia, as casas típicas, os povoados e as aves migratórias. www.tierrahotels.com
- Permacultura: Somos a Maioria e Devemos Responder por Isso
Mais da metade da população mundial vive em cidades e, muitas vezes, sem o contato com a natureza, somos todos por ela sustentados Mais da metade da população mundial vive em cidades, e no Brasil, mais de 85% da população. Mas embora na cidade, e muitas vezes, sem o contato físico e próximo com a natureza, somos todos por ela sustentados. Não fosse uma característica peculiarmente especial presente na natureza, incluindo o ser humano, não estaríamos aqui; eu a escrever e vocês a lerem esta matéria. Estamos falando da capacidade de um corpo de recuperar sua forma original após sofrer choque ou deformação, capacidade de superar, de recuperar de adversidades, estamos falando de resiliência. Palavra com seu sentido quase exaurido diante de tanta demanda do homem. A natureza vem sendo resiliente, não obstante alguns eventos terem consequências e sequelas, além dessa capacidade, ainda podemos aproveitar esta qualidade e característica para promovermos mudanças e buscar no equilíbrio nossa tão quista qualidade de vida – interna e externa. Apesar dos avanços tecnológicos, os seres humanos estão se conscientizando que estes não respondem mais (nem nunca responderam) aos anseios por qualidade de vida, e esta, por sua vez, está intimamente ligada à natureza – ar puro, água limpa, alimento saudável etc. Portanto, incorporar práticas de gestão sustentáveis que levem às mudanças urgentes e necessárias para que se possa promover essa qualidade de vida e o seu prolongamento é nossa missão e compromisso. Enquanto governo, cidadão, empresário, profissional, pais, filhos, somos todos chamados a cuidar e salvar, não o planeta ou as florestas, mas a própria pele, a própria vida e das futuras gerações. O número de cidades que são consideradas “mega-cidade” (8 milhões de habitantes) estão crescendo, cada vez mais pessoas estão se transferindo para as cidades (a cada dois segundos, uma pessoa se junta à crescente população urbana) e pela primeira vez na história da humanidade, a maioria da população mundial vive em áreas urbanas. Neste contexto, soluções que nascem de dentro das cidades carregam em si uma força diferente, pois não se trata de comportamentos ou processos importados de um mundo distante e ideal, não, são soluções que nascem do ‘concreto’, da superpopulação, das dificuldades cotidianas da vida urbana. A permacultura urbana é um bom exemplo. Princípios da Permacultura Observe e interaja Capte e armazene energia Obtenha rendimento Pratique a auto-regulação e aceite feed back Use e valorize os serviços e recursos renováveis Não produza desperdícios Design partindo de padrões para chegar aos detalhes Integrar ao invés de segregar Use soluções pequenas e lentas Use e valorize a diversidade Use as bordas e valorize os elementos marginais Use criativamente e responda às mudanças Permacultura – Cultura perene Segundo Bill Mollison, a Permacultura (permanent + culture) consiste na ‘elaboração, implantação e manutenção de ecossistemas produtivos que mantenham a diversidade, a resistência, e a estabilidade dos ecossistemas naturais, promovendo energia, moradia e alimentação humana de forma harmoniosa com o ambiente’. Em outras palavras: a permacultura consiste no planejamento e execução de ocupações humanas sustentáveis, unindo práticas ancestrais aos modernos conhecimentos das áreas, principalmente, de ciências agrárias, engenharias, arquitetura e ciências sociais, todas abordadas sob a ótica da ecologia. (Fonte IPOEMA) Com esta definição, percebemos o quão abrangente é o tema, portanto, iremos mostrar uma das soluções encontradas pelo ser humano, aplicável no meio urbano e que traz muitos valores de volta ao nosso dia a dia, à nossa mesa. Estamos falando das hortas urbanas, que se inserem no conceito de permacultura. Quem tem, recomenda Imaginem canteiros repletos de hortaliças, temperos e verduras dentro de um cenário acinzentado de uma metrópole. Pode parecer miragem, mas as hortas urbanas são uma realidade em amplo crescimento. Os problemas complexos que nossa sociedade enfrenta, principalmente no tocante ecológico pedem soluções sistêmicas, ou seja, soluções que considerem o todo, a cadeia completa, assim imitando a natureza, onde tudo se transforma e nada se perde. É dessa maneira que as culturas podem ser perenes, duradouras. Uma horta, que é nosso exemplo de hoje, tem um ciclo que ao ser respeitado gera desperdício zero, pois os restos de comida (o excedente da horta) transforma-se em compostagem e ajuda a enriquecer o solo que ajuda as plantas a crescerem fortes e saudáveis que voltam gerar frutos que alimentam os seres humanos e o excedente retorna para o ciclo, perenemente. A Adriana Quitto Gabriotti tem em seu quintal, plantados em vasos: alface, escarola, almeirão, rabanete, cenoura, abobrinha, pimentão, tomate, manjericão, orégano, salsinha, cebolinha, alecrim, poejo, hortelã. Ufa! Tudo isso prazerosamente incluídos nas refeições diárias. A arquiteta Fabiana Freire ajudou na aquisição dos vasos certos e projetou um melhor aproveitamento do espaço, inclusive usando varais de aço para a parreira de uva que em breve ajudará a manter mais frescas a cozinha e a copa. Outro desafio foi a necessidade de criar um espaço dentro da cozinha para abrigar dois lixos, um para resíduos orgânicos destinados à compostagem e outro para o material reciclável (recolhido pelo condomínio). Resultado prático, bonito e sustentável. Adriana nos conta ainda algumas vantagens de se ter uma horta em casa: Comer produtos naturais, fresquinhos e saudáveis (livres de agrotóxicos) Pode-se usar o espaço que tem (pequeno ou grande) Economia Uma forma pedagógica de ensinar os filhos Traz passarinhos para o quintal Reaproveitamento dos resíduos orgânicos Faça uma horta em casa e em breve você estará, literalmente, colhendo os frutos! Ficou animado? Nós damos uma forcinha: Acompanhe algumas dicas da paisagista Ana Paula Ferreira: Escolha do local A dica é procurar um local com iluminação natural, o máximo possível, que seja um ambiente semi-úmido e que não tenha vento, explica a paisagista Ana Paula Ferreira, que ainda recomenda todo cuidado, pois as verduras e legumes não são adeptos ao excesso de sol, principalmente por estarem em espaços reduzidos como os vasos. Onde plantar? Em qualquer recipiente: vasos, jardineiras, pneus, até canos de PVC (de 30 cm de diâmetro) cortados ao meio. Dá para usar também garrafas PET de 2 litros (cortadas acima da metade) ou carrinhos de mão. É preciso sempre furar embaixo para a drenagem da água. Primeiros passos Dentro do recipiente escolhido, colocar 5cm de argila expandida (a mais indicada por ser mais leve), pedrisco ou outro material que ajude na drenagem da água. Por cima, coloque a manta bidim e depois a terra vegetal ou orgânica. Seleção das culturas Opte por hortaliças com raízes curtas, como alface, cebolinha, salsa, pimentão e couve-folha, ou até frutas de pequeno porte, como tomate-cereja e morango. Outras espécies recomendadas pela paisagista são: beterraba, cenoura, coentro, alecrim, cebolinha, orégano, mangerona e manjericão. Compostagem caseira A compostagem é feita de forma bem simples, aproveitando cascas, folhas, talos, tudo do nosso dia a dia na cozinha. Quando o lixo é retirado da cozinha ele pode ser misturado às folhas e galhos de árvores. Vamos chamar esta mistura de Matéria orgânica. Forma de preparar o composto uma camada de terra uma camada de matéria orgânica uma camada de esterco Repetir o mesmo processo três vezes e deixar curtir (secar) por 30 dias. Após este período, misturar uma vez por semana até que o composto fique bem sequinho. É este composto que você irá colocar na jardineira logo após a argila e a manta para plantar as suas mudinhas. Compostagem? A compostagem é o processo de reciclagem da matéria orgânica que propicia um destino útil para os resíduos orgânicos, evitando sua acumulação em aterros e melhorando a estrutura dos solos. Esse processo permite dar um destino aos resíduos orgânicos domésticos, como restos de comidas e resíduos do jardim. A compostagem é largamente utilizada em jardins e hortas, como adubo orgânico, devolvendo à terra os nutrientes de que necessita, aumentando sua capacidade de retenção de água, permitindo o controle de erosão e evitando o uso de fertilizantes sintéticos. Arquiteta Fabiana Ayres Freire fabifreire@yahoo.com.br Paisagista Ana Paula Ferreira anapaulaf.rosa@hotmail.com
- Hotel Antumalal, uma Clareira em meio a uma Natureza Única
Uma natureza impecável e majestosa é a peça mais valiosa do Hotel Antumalal, situado no coração de Pucón, em meio a jardins, cachoeiras, bosques nativos e muito verde Já escrevemos sobre o Hotel Antumalal, mas sabe quando dá gosto escrever de novo? Porque quando falamos sobre ele ainda não estava inaugurada a Casa do Lago, um luxuoso chalé intimista com estrutura para receber até seis pessoas com conforto, luxo e serviço impecável. O chalé fica em uma área privilegiada do parque, exatamente às margens do lago Villarrica e próximo ao cais. Para ter acesso à acomodação, é preciso subir degraus originais de pedras. Na verdade, tudo começou por ele, quando o casal de imigrantes da Checoslováquia Guillermo e Catalina Pollak, que chegou a Pucon em 1938, se apaixonou pelo bosque com vista para o lago. Ali fizeram sua morada. Posteriormente, construíram às margens do lago o Café Del Lago Antumalal, no fim da década de 1940, para receber amigos e outros imigrantes europeus para a “hora do chá”. Aliás, muitos deles vinham de barco e se aportavam no cais. Chique, não? O sucesso da Casa de Chá se espalhou pelas redondezas de Pucón, inspirando Guilhermo e Catalina a irem além, a sonhar e realizar ali o Hotel Antumalal, projetado pelo arquiteto chileno Jorge Elton, influenciado pelo americano Frank Lloyd Wright, cujas construções foram consideradas “complementos da paisagem”. Para sua construção, nenhuma árvore pode ser cortada ou tocada. Assim, o edifício foi entalhado e integrado ao entorno, feito com materiais como concreto, madeira, ferro e vidro, muito vidro. O resultado é uma vista de cartão postal. Por ele já passaram grandes personalidades, como a Rainha Elizabeth II, Neil Armstrong e tantos outros. No idioma dos mapuches, povos indígenas da região, Antumalal significa “curral do sol, clareira”. Sim, uma clareira para seus pensamentos, para buscar paz e tranquilidade, para se recompor, porque no dia seguinte tem mais: as aventuras por Pucon são muitas, como trekking, exploração de cavernas vulcânicas, tirolesa, pesca esportiva, rafting, caiaque, ducky, cavalgadas. Destaco a subida à cratera do vulcão Villarrica, de umas seis horas, um sobe morro de tirar o fôlego, mas cheio de surpresas que a mãe natureza nos oferece. A vista de lá de cima é para os cinco lagos do sul do Chile. Indescritível! No inverno, sua encosta se transforma em uma imperdível e inédita pista de esqui e snowboarding. Tudo no Antumalal nos encanta. Clareiras, cascatas, bosque arborizado e florido, e talhado na rocha natural está o Spa Antumaco, que significa “lugar de sol e água”, com piscina dividida em partes coberta e ao sol, além de sauna e massagens revigorantes. A gastronomia combina a culinária centro-europeia com a tradicional do sul do Chile, com ingredientes típicos da região, muitos dos quais cultivados em horta própria. Como negócio de pai pra filho, o hotel segue aquele ar familiar, jeitinho de casa da gente, com vasos floridos espalhados pelos cômodos e a amável companhia de Rony Pollack, filha dos fundadores, que hoje é quem administra o hotel, junto de seu filho Andrews. Pucon está a 780km de Santiago, no Chile, e o Hotel Antumalal está a 2km do centro de Pucon. www.antumalal.com
- Reforma em apartamento no Jardim Europa combina elegância, praticidade e atmosfera acolhedora
Assinado por Nicole Finkel , projeto de 260 m² foi pensado para um casal com dois filhos adolescentes e traz soluções que unem fluidez, materiais naturais e design personalizado Texto: Redação Habitare Foto: João Paulo Soares de Oliveira Localizado no Jardim Europa, em São Paulo, ao lado do Shopping Iguatemi, este apartamento de 260 m² ganhou uma reforma completa assinada pela arquiteta Nicole Finkel. O projeto foi desenvolvido para um casal com dois filhos adolescentes e teve como premissa unir praticidade, sofisticação e a atmosfera calorosa de uma casa no contexto urbano. As mudanças estruturais foram fundamentais para dar fluidez ao espaço: a cozinha e os banheiros foram ampliados, o lavabo reposicionado, o terraço integrado à sala e o home aberto para a área social. O resultado é um layout que valoriza convivência e funcionalidade sem abrir mão da elegância. Entre os destaques da reforma está o uso de materiais naturais e tons claros, como o piso Donata, presente no hall, sala de jantar e lavabo, e a parede de pedra moledo na sala, que adiciona sofisticação com um toque rústico. O banheiro master foi transformado em um verdadeiro spa, com sauna, ducha, banheira e revestimento em seixos, reforçando o caráter exclusivo do projeto. A iluminação recebeu atenção especial. Além de sancas e pontos indiretos que criam diferentes atmosferas, o bar ganhou um recurso inovador: iluminação feita por tela tensionada, que remete à luz natural e confere um ar cênico ao ambiente. A marcenaria sob medida, desenhada pelo escritório, equilibra estética e funcionalidade. No hall de entrada, o mobiliário oferece apoio prático para casacos e bolsas. Já no quarto da filha, o design ganhou um tom lúdico com balanço suspenso. Na área íntima, cada uma das três suítes foi personalizada, sempre mantendo banheiros claros e linguagem coesa. O quarto do filho foi adaptado à fase adolescente, enquanto a suíte master recebeu closet exclusivo e portas de armário em palha natural, compondo um espaço acolhedor e elegante. O mobiliário contemporâneo complementa a ambientação. Na sala, sofás da Estar Móveis e do Atelier Gustavo Bittencourt se destacam. Nos quartos, o piso de madeira original foi restaurado, preservando a memória afetiva do imóvel. A cozinha, projetada pela Dellano, combina porcelanato no piso, revestimentos da Portobello e iluminação indireta, além do uso de cobogó para integrar a área de serviço sem bloquear a luz natural.
- Casa Tetris: arquitetura que se encaixa entre luz, paisagem e aconchego
Assinada pelo escritório Sabella Arquitetura , residência em Bragança Paulista valoriza materiais naturais, integração entre interior e exterior e soluções que transformam topografia em experiência de morar Texto: Redação Habitare Fotos: Manuel Sá Em Bragança Paulista, interior de São Paulo, a Casa Tetris apresenta um projeto que alia sofisticação contemporânea, conforto e privacidade. Assinada pelo escritório Sabella Arquitetura, a residência de 500 m² traduz o desejo dos moradores por uma casa acolhedora, marcada pelo uso de materiais naturais e por soluções arquitetônicas que aproveitam a paisagem e a luz natural. O partido arquitetônico parte da escolha por pedra, madeira e ladrilhos hidráulicos, que trazem textura e calor ao espaço, combinados a um telhado leve apoiado sobre viga metálica aparente. Esse recurso confere elegância e horizontalidade ao conjunto, destacando-se como elemento marcante do projeto. A planta em “L” foi desenhada para abraçar a piscina e o deque, criando uma área de lazer voltada à contemplação e ao convívio. Grandes caixilhos de vidro e venezianas-camarão conectam as suítes diretamente ao espaço externo, reforçando a integração entre dentro e fora, enquanto o paisagismo garante privacidade e atmosfera de relaxamento. No pavimento principal, ambientes amplos traduzem a busca por funcionalidade: três suítes, sala de TV e cozinha integrada às salas de estar e jantar, conectadas a uma varanda gourmet que se abre para o lazer. A topografia do terrenofoi utilizada de forma inteligente para abrigar dois pavimentos adicionais. No nível superior, um pub com mesa de sinuca se abre para a vista da paisagem; no inferior, encontram-se a suíte de hóspedes, o escritório, o ateliê das crianças e a sauna. Entre materiais que evocam aconchego, soluções que privilegiam a luz natural e o desenho arquitetônico preciso, a Casa Tetris revela a filosofia do Sabella Arquitetura: projetos de alto padrão que unem simplicidade formal, acabamento primoroso e conexão com a natureza. Liderado pelo arquiteto Frederico Sabella, o escritório atua do conceito ao acompanhamento da obra, sempre atento à viabilidade financeira, ao aprendizado e à satisfação do cliente.
- Casacor Rio 2025: uma edição que semeia sonhos e multiplica olhares sobre o morar
Até 26 de outubro, a 34ª edição ocupa o Fashion Mall, em São Conrado, e apresenta 43 ambientes assinados por mais de 60 profissionais, em projetos que unem sofisticação, brasilidade e experiências sensoriais Texto: Redação Habitare Foto: André Nazareth A CASACOR Rio 2025 reafirma sua vocação como a maior mostra de arquitetura, design e paisagismo das Américas. Nesta 34ª edição, realizada no Fashion Mall, em São Conrado, a cidade ganha 43 ambientes que interpretam o tema “Semear Sonhos” de forma plural, reunindo mais de 60 profissionais. O conceito convida a refletir sobre novas formas de habitar, valorizando o quiet luxury: um luxo silencioso, pautado pelo conforto, pelo bem-estar e pela autenticidade. Com ambientes que variam de 42 m² a 120 m², a mostra traduz o momento contemporâneo do morar urbano: menos metros quadrados, mais intensidade de experiências. Imersão tecnológica e poesia visual A dupla Bel Lobo e Mariana Travassos apresenta o Caleidoscópio por Peugeot , instalação imersiva que transforma o espaço em um jogo de reflexos, luzes e geometrias. A proposta conecta design, tecnologia e experiência sensorial, evocando a ideia de futuro como linguagem estética. Mais do que um ambiente, trata-se de uma obra interativa, em que o visitante é convidado a viver a arquitetura como espetáculo em movimento. Foto: André Nazareth Um coração que pulsa em mármore O escritório FEU Singular assina o projeto No Coração da Casa , inspirado nas antigas salas de chá. A peça central é uma bancada de mármore vermelho intenso, símbolo do núcleo doméstico e do pulsar da vida em família. Ao redor dela, tons terrosos, texturas naturais e iluminação suave criam uma atmosfera que resgata a importância da pausa, do gesto de partilhar e da presença plena no dia a dia. Foto: MCA Estudio Leveza de viver à beira-mar No Loft Dolce Vita , a arquiteta Fernanda Medeiros aposta em um olhar delicado e solar. Inspirado no mar e na vida carioca descomplicada, o projeto utiliza cores claras, materiais naturais e integração entre espaços para transmitir bem-estar e frescor. É um ambiente que fala da simplicidade sofisticada e do prazer de morar em harmonia com a natureza. Foto: MCA Estúdio A natureza como arquitetura Em parceria com o escritório Burle Marx , Gisele Taranto apresenta o Viver Marambaia , grande área de convivência wellness que recria a atmosfera da restinga carioca. Vegetação nativa, soluções integradas e espaços para contemplação transformam o ambiente em manifesto sobre bem-estar, qualidade de vida e integração entre paisagem e arquitetura. Foto: André Nazareth Um retiro para o corpo e a mente O arquiteto Jean de Just propõe o Alcôve , espaço íntimo e sensorial concebido como refúgio. Materiais naturais, iluminação cálida e ambientação silenciosa criam um clima de recolhimento. O ambiente convida à desaceleração e à reconexão interior, funcionando como um oásis dentro da mostra. Foto: André Nazareth A varanda como alma carioca No Estar na Varanda , Mauricio Nóbrega revisita um ícone do morar no Rio: a varanda. O ambiente celebra a vida ao ar livre, a convivência e a contemplação, traduzindo a essência da casa carioca em linguagem contemporânea. Leve, solar e integrado, é um espaço que reforça o papel da varanda como elo afetivo e cultural. Foto: André Nazareth Encontros reais em torno da mesa Na Casa Brisa Deca , Paola Ribeiro resgata a cozinha como centro da vida doméstica. O ambiente foi pensado para encontros reais, em que funcionalidade e estética se equilibram. Materiais sofisticados, cores suaves e soluções inteligentes compõem um espaço que simboliza acolhimento, partilha e memória afetiva. Foto: André Nazareth Brasilidade e identidade feminina O arquiteto Pedro Coimbra apresenta o Loft Joana , de 120 m², inspirado na trajetória de uma mulher empreendedora e independente. O projeto valoriza peças icônicas do design brasileiro, como móveis de Sérgio Rodrigues, além de criações de designers contemporâneos. Com integração fluida e linguagem atual, o espaço celebra a brasilidade e a liberdade como formas de pertencimento. Foto: Daniela Magario Um café para sentir e sonhar Na sua estreia na CASACOR Rio, Renan Altera assina o Café La Fleur , inspirado nos bistrôs franceses. Em 225 m², o projeto combina piso geométrico, tecidos listrados verde e creme, paredes florais e poltronas em veludo marsala. Com mobiliário da 789 Design e iluminação da Mais LED , o ambiente é convite à contemplação e à pausa. “Quis criar um ambiente que fosse além da contemplação. Aqui, o visitante pode sentar-se, provar, sentir e sonhar”, afirma o arquiteto. Fotografias autorais feitas por ele na França completam a atmosfera poética. Foto: Lilia Mendel Com mais de três décadas de história, a CASACOR Rio consolida-se como um dos eventos culturais mais relevantes do país, capaz de conectar arquitetura, design, paisagismo e arte em experiências que inspiram e provocam novas formas de viver. A edição de 2025 reafirma o compromisso da mostra em dialogar com o presente e apontar caminhos para o futuro, valorizando a criatividade brasileira e seu papel transformador nos modos de habitar. A CASACOR Rio é um espaço de reflexão, troca e encantamento, onde cada projeto se transforma em semente de inspiração para diferentes gerações.
- Casa de veraneio na Barra da Tijuca traduz sofisticação com alma carioca
Assinada por Érica Salguero , residência une clima de férias, bem-estar e elegância em espaços que valorizam convivência, lazer e contemplação Texto: Redação Habitare Fotos: Divulgação Um refúgio contemporâneo à beira-mar, pensado para acolher e oferecer momentos de descontração com sofisticação. Esse foi o desafio de Érica Salguero ao projetar a casa de veraneio na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, para uma cliente paulistana em busca de um lar com espírito carioca. No living, o pé-direito duplo reforça a amplitude e integra estar e jantar. O pendente escultural se tornou protagonista, acompanhado de um tapete em tons de azul que remete ao mar e conecta interior e paisagem. A sala de jantar ganha sofisticação extra com nicho em mármore Calacata, em sintonia com a linguagem atemporal do projeto. A área externa é marcada pela piscina, ponto de encontro da casa, abraçada por espaços de lazer e convívio. Sofás confortáveis, espreguiçadeiras e mesas de apoio foram dispostos de forma estratégica ao lado da churrasqueira integrada, criando diferentes possibilidades de uso em um ambiente pensado para reunir família e amigos. A cozinha, em branco absoluto, adota materiais tecnológicos que unem frescor visual e praticidade, acompanhando o ritmo descontraído da residência. Já na área íntima, o quarto do casal foi desenhado para transmitir calma, com paleta suave em tons claros e cabeceira em linho azul-marinho, evocando a brisa do mar. Como extensão do refúgio, a varanda privativa ganhou atmosfera de spa, com hidromassagem e bangalô dedicados a momentos de relaxamento absoluto. O quarto do filho, por sua vez, revela identidade com quadros que homenageiam ícones do rock. O rooftop finaliza o projeto com uma atmosfera descontraída. O mobiliário em verde, confeccionado em tecido tecnológico resistente ao sol e à chuva, cria um cenário ideal tanto para receber amigos quanto para contemplar a vista. Entre lazer, design e bem-estar, a casa de veraneio na Barra da Tijuca expressa o equilíbrio entre sofisticação e leveza, traduzindo o espírito carioca em cada detalhe.
- Entre a paisagem e o design, projeto de 508 m² é refúgio à beira-mar em Fortaleza
Assinado pelo arquiteto Romário Rodrigues , interiores unem vista para o mar, mobiliário nacional e afetividade em um apartamento familiar elegante e acolhedor Texto: Redação Habitare Fotos: Leonardo Soares Apaixonados pelo mar, os moradores, um casal com duas filhas, buscaram transformar o apartamento de 508 m² em Fortaleza em um lar aconchegante, onde o design dialoga com a paisagem e a rotina familiar. O arquiteto Romário Rodrigues conduziu a curadoria de interiores, unindo praticidade, elegância e calor afetivo. O imóvel já havia passado por uma grande intervenção arquitetônica, que uniu dois apartamentos no mesmo andar. A partir dessa base, o desafio foi trazer unidade estética e personalidade aos ambientes sem grandes alterações estruturais. A estratégia adotada foi investir em peças de design nacional, na combinação de texturas que equilibram sofisticação e acolhimento, e em um garimpo criterioso de objetos que conferem identidade ao espaço. O estilo proposto transita entre o contemporâneo e o clássico, sempre com pontos de aconchego. Entre os destaques, a Poltrona Mole de Sergio Rodrigues e as Poltronas Presidente de Jorge Zalszupin reforçam a força do mobiliário brasileiro. Obras de Jader Almeida, Bruno Faucz, Luan Del Sávio e Jacqueline Terpins também compõem a seleção, em diálogo com objetos pessoais e lembranças de viagem dos clientes. Para Romário, o projeto alcança sua essência ao refletir a história da família. “Os clientes trouxeram objetos de viagem e peças pessoais que carregam valor afetivo. Esses elementos foram integrados à curadoria de design, garantindo que cada espaço refletisse a trajetória da família”, explica. Combinando mar, memória e design autoral, o apartamento se afirma como um refúgio cosmopolita e atemporal, onde a arquitetura se entrelaça à vida cotidiana e às paisagens do litoral .
- Eduardo Kobra: um Artista das Ruas
A pichação, um ato de rebeldia, foi para Eduardo Kobra a porta de entrada para o mundo das artes. O que era ilegal se transformou em talento Como muitos dos brasileiros que nascem na periferia, sem oportunidades e repletos de influências negativas, Eduardo Kobra tinha tudo para seguir outro caminho. Mas a pichação, um ato de rebeldia, foi a sua porta de entrada para o mundo das artes. O que era ilegal se transformou em talento. O menino que procurava deixar a sua marca no mundo, hoje é um dos mais bem conceituados artistas de rua, convidado para colocar suas obras nos muros de todo o planeta. Eduardo desenvolveu uma técnica original de muralismo, favorecida por suas características de artista experimentador, bom desenhista e hábil pintor realista. Seu projeto Muros da Memória procura transformar a paisagem urbana através da arte e resgatar a memória da cidade. Para conhecer um pouco mais da trajetória desse talentoso brasileiro, fomos conversar com Eduardo Kobra em seu estúdio, em São Paulo. Confira! Revista Habitare: Como começou a sua história? Eduardo Kobra: Eu sou paulistano, do bairro do Campo Limpo, e comecei com pichação. Esse foi o meu primeiro contato com a arte de rua, quando eu tinha 12 anos. Comecei a colocar meu nome em todos os lugares. Eu estudava em um colégio público e a onda do momento era a galera pichar. Só depois de uns 5 anos, por meio de uns filmes e livros, que vieram dos Estados Unidos, eu conheci os graffitis de Nova York e comecei a fazer desenhos no muro por influência desses artistas. Dois deles me influenciaram muito: Keith Haring e Jean-Michel Basquiat. Nessa época, eu já havia sido detido três vezes por pichação e resolvi partir para os desenhos. Revista Habitare: Como começou a sua história? Eduardo Kobra: Eu sou paulistano, do bairro do Campo Limpo, e comecei com pichação. Esse foi o meu primeiro contato com a arte de rua, quando eu tinha 12 anos. Comecei a colocar meu nome em todos os lugares. Eu estudava em um colégio público e a onda do momento era a galera pichar. Só depois de uns 5 anos, por meio de uns filmes e livros, que vieram dos Estados Unidos, eu conheci os graffitis de Nova York e comecei a fazer desenhos no muro por influência desses artistas. Dois deles me influenciaram muito: Keith Haring e Jean-Michel Basquiat. Nessa época, eu já havia sido detido três vezes por pichação e resolvi partir para os desenhos. H: Você encarava então como um hobby? K: Ainda é! Primeiramente, eu faço o meu trabalho porque eu gosto. Mas obviamente as contratações me permitiram fazer trabalhos melhores, contratar uma equipe e evoluir. Até hoje, muitos dos meus trabalhos são feitos por prazer, pela satisfação de colocar minha arte na rua. As Prefeituras, na verdade, só cedem o espaço, o que já é uma coisa muito difícil, por causa da lei Cidade Limpa. No meu caso, eles abrem uma exceção porque as obras falam um pouco sobre a história da cidade e as pessoas acabam criando uma relação com esse muro. H: Como funciona a sua técnica? K: Eu sempre tive intimidade com os muros, por isso sempre pensei em usá-los de uma forma diferente. Criei então uma identidade visual para o meu trabalho, dentro do meu universo e comecei a desenvolver desenhos ligados à cultura popular brasileira, protestos relacionados ao meio ambiente e imagens antigas, temas com que eu sempre me identifiquei. A minha visão era essa: eu passava na rua, enxergava um espaço bacana, fotograva, pedia autorização para o proprietário e depois criava alguma coisa ali. H: Quais superfícies já receberam uma obra sua? K: As possibilidades são infinitas. Mas eu procuro preservar ao máximo o meu trabalho da parte comercial. Eu poderia estar com a minha arte estampada em milhares de produtos. Eu fiz pouca coisa até agora e tomo muito cuidado para que isso não vulgarize toda a minha obra. H: Você tem problema com plágio dos seus trabalhos? K: O que existe muito são outros artistas copiando o que eu levei mais de 20 anos para criar. Não são pessoas que se inspiram por mim, mas que simplesmente copiam. Hoje, nos Estados Unidos e na França, empresas fazem pôsteres utilizando minhas obras. Se por um lado isso divulga meu nome e meu trabalho, ao mesmo tempo eles estão comercializando os produtos e ganhando dinheiro às minhas custas. Eu já vi meus desenhos estampando capa de celular, de tablet e até caderno, tudo sem a minha autorização. H: O que é mais interessante durante o processo de criação? O que te dá mais prazer? K: Hoje, eu posso desenvolver meus novos trabalhos com mais liberdade e identidade. Algo que eu comecei a fazer ilegalmente, e fui até preso, hoje, eu tenho prefeito que já foi inaugurar mural, tenho obra dentro de delegacia. Para mim, a satisfação está em poder usar os espaços da cidade e colocar minha arte ali. Eu pinto por prazer. Depois, eu passo de carro e fico cuidando desses muros que eu fiz. H: Como surgiu essa linguagem das cores, que viraram uma marca do seu trabalho atual? K: Em uma exposição sobre fotos antigas, na Avenida Paulista, quando olhei pela janela eu vi que todos aqueles casarões, que apareciam nas fotos, haviam sido demolidos. Tive então a ideia de recriar esses casarões, em preto e branco mesmo. Depois comecei a dar vida às imagens, com as cores. As formas geométricas surgiram da história do meu pai, que era tapeceiro e tinha uma oficina em casa. Minha infância foi no meio daqueles catálogos. Eu curtia muito esses padrões de tecidos, que ficaram na minha cabeça e agora estão presente em minhas obras. H: Qual foi o seu maior trabalho em dimensões e quais são as suas principais obras? K: Antes, o maior era o da Avenida 23 de Maio, em São Paulo, mas agora nós pintamos um em Macaé (RJ) que tem o dobro do tamanho, com 2.200 m2. As mais importantes, a do Oscar Niemeyer, na Paulista, a do V-J Day, em Nova York, e a do Albert Einstein, em Los Angeles. H: O que é o Green Pincel? Você acha que um artista pode contribuir para melhorar o mundo? K: Eu tenho uma ligação muito forte com os animais. Uma vez eu tive essa ideia de colocar nos muros meus protestos em relação a rodeios, touradas, matança de baleias, de golfinhos… Os muros têm uma visibilidade gigantesca e se conseguir despertar algo nas pessoas, eu acho que será interessante. H: Como você administra o reconhecimento que está recebendo por seu trabalho? K: A arte nas ruas da cidade é a mais democrática. Hoje, artistas de galerias também estão fazendo seus trabalhos nas ruas. Eu continuo na rua independente de qualquer reconhecimento da mídia. Esse reconhecimento veio da autenticidade do trabalho e pela minha dedicação, mas não me iludo com isso. A motivação maior não é estar no jornal ou na televisão. O que me move é pintar nas ruas. H: Seu trabalho é requisitado no mundo todo, seu ateliê é o mundo. Em que países você está? K: Estamos com novos projetos em oito países. Lugares muito diferentes, como Dinamarca, Suécia, Roma, Paris, Barcelona, Estados Unidos, Canadá, Austrália… Primeiramente fico surpreso com essa ótima procura, mas estamos nos organizando para administrar tudo isso. H: Com 30 e poucos anos você já atingiu um nível de reconhecimento e amadurecimento profissional que muitos artistas levam uma vida para conseguir. O que ainda há para almejar? K: Eu comecei com 12 anos e sou hiperativo. Então, enquanto meus amigos e artistas que eu conheço estavam no bar, curtindo a vida, eu estava trabalhando dia e noite, domingo e feriado. Por isso, eu consegui fazer uma quantidade gigantesca de trabalhos por essa dedicação. Minha grande motivação é realmente pintar. É isso que me traz felicidade! www.eduardokobra.com














