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10 de dezembro de 2024

Retrofit Moderniza Casa de Campo em Araras, RJ

Projeto de Marcela Martins transforma refúgio em Araras com cores e materiais naturais


Texto: Marcelo Guidine | Fotos: Denilson Machado e Lília Mendel


Localizada em um condomínio fechado em Araras (distrito de Petrópolis, na região serrana do RJ), esta casa de campo com 950m² de área construída passou por um retrofit externo e interno, comandado pela arquiteta Marcela Martins, logo após ser comprada pelo empresário Marcello Bastos, sócio-fundador da grife de moda Farm, para uso nos fins de semana e férias. “Somos amigos há 25 anos e tenho sido a arquiteta dele em diversos outros projetos comerciais e residenciais ao longo desse tempo”, conta a Marcela.



A casa foi projetada em 2001 pelo arquiteto Cadas Abranches, em sistema estrutural de pilares e vigas aparentes de madeira maciça, sobre em um terreno de 82 mil m², sendo 15mil m² de jardins, quadras e piscinas e o restante de área preservada vizinha à Reserva de Araras. A decoração original seguia o estilo campestre inglês, com a fachada principal e as paredes internas da área social pintadas de vermelho e um volume excessivo de móveis e adornos. A primeira providência da arquiteta foi suavizar esta composição e liberar os espaços para que eles pudessem ser percebidos e contemplados.



Pintei toda a casa de bege para criar uma base neutra e clara que pudesse receber uma vasta gama de elementos em tons naturais de marrom, verde e areia, extraídos da exuberante paisagem externa, e ainda marcar alguns ambientes com cores mais vibrantes, sem que o resultado final pesasse visualmente. O laranja, por exemplo sobressai na brinquedoteca, enquanto o verde se destaca na sala tv. Como a casa tem nove suítes no total, cada dormitório tem uma cor dominante, do azul ao rosa passando pelo verde e terracota”, detalha Marcela. Já no quesito materiais, basicamente, o retrofit adicionou ao que já existia revestimentos em pedra madeira com assentamento almofadado, especialmente nas paredes da escada e da sala de jantar e ao redor da lareira. “Sem muita obra nem demolições, conseguimos trazer mais aconchego a ambientes com metragens tão generosas”, acrescenta.



A arquiteta revela ainda que aproveitou cerca de 90% do acervo da casa nesta repaginação. A maior parte dos móveis existentes eram de boa qualidade e foram não só rearranjados nos espaços de acordo com o novo layout como também misturados com peças novas mais contemporâneas (especialmente, do Estudiobola e da Prototype), posicionadas em locais estratégicos da sala de estar, hall da escada, lateral da mesa de sinuca e brinquedoteca. Além disso, os tecidos e as capas dos estofamentos foram atualizados, a exemplo do par de sofás em couro marrom envelhecido, próximos à lareira.



Uma curiosidade do projeto é a bancada do lavabo, desenhada pela arquiteta e esculpida num bloco de pedra bruta, com mais de uma tonelada. Para viabilizar sua instalação, foi necessário quebrar a parede do espaço para dar acesso ao carrinho elétrico usado no transporte do material. “Nosso maior desafio neste projeto foi intervir na arquitetura da casa sem parecer que criamos puxadinhos ou descaracterizamos os elementos de assinatura do Cadas, que considero um grande arquiteto”, conclui a arquiteta Marcela Martins.



Marcela Martins – @marcelamartins.arq

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Retrofit Moderniza Casa de Campo em Araras, RJ

Atualizado: 14 de abr.

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Localizada em um condomínio fechado em Araras (distrito de Petrópolis, na região serrana do RJ), esta casa de campo com 950m² de área construída passou por um retrofit externo e interno, comandado pela arquiteta Marcela Martins, logo após ser comprada pelo empresário Marcello Bastos, sócio-fundador da grife de moda Farm, para uso nos fins de semana e férias. “Somos amigos há 25 anos e tenho sido a arquiteta dele em diversos outros projetos comerciais e residenciais ao longo desse tempo”, conta a Marcela.



A casa foi projetada em 2001 pelo arquiteto Cadas Abranches, em sistema estrutural de pilares e vigas aparentes de madeira maciça, sobre em um terreno de 82 mil m², sendo 15mil m² de jardins, quadras e piscinas e o restante de área preservada vizinha à Reserva de Araras. A decoração original seguia o estilo campestre inglês, com a fachada principal e as paredes internas da área social pintadas de vermelho e um volume excessivo de móveis e adornos. A primeira providência da arquiteta foi suavizar esta composição e liberar os espaços para que eles pudessem ser percebidos e contemplados.



Pintei toda a casa de bege para criar uma base neutra e clara que pudesse receber uma vasta gama de elementos em tons naturais de marrom, verde e areia, extraídos da exuberante paisagem externa, e ainda marcar alguns ambientes com cores mais vibrantes, sem que o resultado final pesasse visualmente. O laranja, por exemplo sobressai na brinquedoteca, enquanto o verde se destaca na sala tv. Como a casa tem nove suítes no total, cada dormitório tem uma cor dominante, do azul ao rosa passando pelo verde e terracota”, detalha Marcela. Já no quesito materiais, basicamente, o retrofit adicionou ao que já existia revestimentos em pedra madeira com assentamento almofadado, especialmente nas paredes da escada e da sala de jantar e ao redor da lareira. “Sem muita obra nem demolições, conseguimos trazer mais aconchego a ambientes com metragens tão generosas”, acrescenta.



A arquiteta revela ainda que aproveitou cerca de 90% do acervo da casa nesta repaginação. A maior parte dos móveis existentes eram de boa qualidade e foram não só rearranjados nos espaços de acordo com o novo layout como também misturados com peças novas mais contemporâneas (especialmente, do Estudiobola e da Prototype), posicionadas em locais estratégicos da sala de estar, hall da escada, lateral da mesa de sinuca e brinquedoteca. Além disso, os tecidos e as capas dos estofamentos foram atualizados, a exemplo do par de sofás em couro marrom envelhecido, próximos à lareira.



Uma curiosidade do projeto é a bancada do lavabo, desenhada pela arquiteta e esculpida num bloco de pedra bruta, com mais de uma tonelada. Para viabilizar sua instalação, foi necessário quebrar a parede do espaço para dar acesso ao carrinho elétrico usado no transporte do material. “Nosso maior desafio neste projeto foi intervir na arquitetura da casa sem parecer que criamos puxadinhos ou descaracterizamos os elementos de assinatura do Cadas, que considero um grande arquiteto”, conclui a arquiteta Marcela Martins.



Marcela Martins – @marcelamartins.arq

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