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UM CLIMA DE FAZENDA NO ITANHANGÁ

Pedro Coimbra revitaliza casa de 1.800 m², unindo madeira, bambu e alma brasileira



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Recuperar o que o tempo quase apagou. Esse foi o desafio que o arquiteto Pedro Coimbra abraçou ao reformar uma residência de 1.800 m² no bairro do Itanhangá, no Rio de Janeiro. Abandonada por três anos, a casa ganhou nova vida ao ser restaurada para uma família que desejava um refúgio acolhedor, com espírito de serra, para desfrutar dos finais de semana e feriados.


O projeto respeitou a estrutura original, valorizando os detalhes arquitetônicos existentes, mas solucionando as patologias que o tempo deixou. As interferências entre a estrutura metálica e as esquadrias de PVC, deterioradas, foram minuciosamente tratadas, assim como infiltrações, beirais e telhados, em um processo técnico delicado que preservou a essência da construção.


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A personalidade dos moradores, um empresário reservado, sua esposa e filho, foi traduzida em espaços generosos e acolhedores, pensados para momentos de convívio e descanso. O conceito norteador foi o de uma casa de fazenda contemporânea, com materiais naturais como bambu, madeira e pedras, reforçando a atmosfera de rusticidade elegante.


No mobiliário e na decoração, a curadoria afetiva se destaca. Peças garimpadas em Tiradentes, como queijeiras, bancos e mesas de madeira mineira, foram combinadas a sofás amplos e confortáveis, além da icônica Poltrona Mole, de Sérgio Rodrigues, que pontua o ambiente com sua brasilidade atemporal.


A área gourmet junto à piscina é o grande destaque do projeto. O piso em madeira, o forro em bambu e a iluminação com pendentes em metal criam um cenário de aconchego e charme. É nesse espaço que a casa se abre completamente para o exterior, favorecendo a circulação, a convivência e a conexão com a natureza ao redor.


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A iluminação natural foi inteligentemente explorada, mantendo as claraboias, prismas e esquadrias existentes, o que permitiu um diálogo contínuo entre interior e exterior. Grandes portas de correr em vidro integram as áreas sociais e garantem amplitude e luminosidade em todos os ambientes.


Sustentável em sua essência, o projeto valoriza o aproveitamento da estrutura pré-existente, o uso de materiais naturais e a integração respeitosa com o meio ambiente, sem abrir mão da funcionalidade e do conforto. O layout foi reorganizado de maneira inteligente, distribuindo os espaços entre área íntima, social, dos filhos e de hóspedes, permitindo privacidade sem perder a sensação de proximidade.


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Repleta de detalhes curiosos, como as janelas dos boxes dos banheiros, que foram adaptadas a partir de esquadrias de portas de correr, a casa conquistou não apenas a família, mas também o arquiteto. "Esse cliente não gostava de arquitetos e, no final, viramos grandes amigos", revela Pedro, refletindo o espírito de entrega que permeou toda a obra.


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Hoje, a casa revive sua história com frescor, acolhendo encontros, risos e momentos de contemplação, em uma arquitetura que respeita o passado e abraça o presente com a leveza de quem reencontrou seu lugar no mundo.



 
 

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