Palacete Piauí: Um tesouro no coração de Higienópolis
- Revista Habitare
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Em uma reconhecida esquina do tradicional bairro paulistano se encontra o Palacete Piauí, construído entre 1916 e 1918 para a família do ex-presidente Rodrigues Alves. O espaço histórico, no coração de Higienópolis, entre as ruas Piauí e Itacolomi, é um marco da arquitetura residencial da elite cafeeira paulistana e foi inspirado nas tendências do estilo Art Nouveau, tornando-se uma testemunha silenciosa de transformações profundas no bairro e na cidade ao longo do tempo.
Texto: Redação Habitare Fotos: Divulgação

Em uma reconhecida esquina do tradicional bairro paulistano se encontra o Palacete Piauí, construído entre 1916 e 1918 para a família do ex-presidente Rodrigues Alves. O espaço histórico, no coração de Higienópolis, entre as ruas Piauí e Itacolomi, é um marco da arquitetura residencial da elite cafeeira paulistana e foi inspirado nas tendências do estilo Art Nouveau, tornando-se uma testemunha silenciosa de transformações profundas no bairro e na cidade ao longo do tempo.
Abandonado por muitos anos, o Palacete Piauí acaba de passar por um processo minucioso de restauro, realizado pelo Estúdio Sarasá, especializado em conservação, restauro e zeladoria do patrimônio cultural: “Esse convite para cuidar do restauro foi uma grande emoção: poder trabalhar nesse casarão que estava numa fase de arruinamento e esquecimento e trazer ele com todo esse potencial histórico e cultural que a gente está trazendo”, declara Toninho Sarasá, responsável pela restauração do palacete.

O projeto inclui a recuperação de elementos de grande valor histórico, como vitrais, alpendre, forros de estuque decorados, escadaria de mármore e boiseries, respeitando as técnicas construtivas originais e os critérios estabelecidos pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo). A iniciativa também contempla a retirada de interferências do período em que o imóvel foi descaracterizado, restaurando sua leitura original.
A restauração vai além da preservação arquitetônica: trata-se de uma ressignificação ativa do espaço, que será devolvido à cidade com novas possibilidades de uso cultural, educativo e institucional. “Mais do que restaurar, queremos contribuir para que a cidade mantenha vivo seu patrimônio. A proposta é abrir esse espaço e ressignificar o casarão para que ele seja frequentado pelo público”, pontua Fabiana Lex, diretora de marketing, comunicação e produto da Helbor, incorporadora proprietária do palacete.

“Trata-se de um resgate simbólico e material. O casarão é uma peça viva da história de São Paulo e sua preservação contribui para a valorização da memória de Higienópolis, além de promover novas possibilidades de uso para a cidade contemporânea”, completa Sarasá.

“Estamos diante de um processo que valoriza a história e a arquitetura paulistana, ao mesmo tempo em que propõe novos usos para um espaço que faz parte da memória da cidade”, finaliza Fabiana.
O Palacete Piauí renasce como um símbolo de permanência, beleza e reencontro, iniciando um novo ciclo, trazendo arte, cultura e vida para esse tesouro histórico.