Grandes painéis de madeira criam elegância em apartamento repleto de arte
- Fernanda Marques
- há 4 dias
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Projeto de Fernanda Marques privilegia o minimalismo, mas sem deixar de lado a curadoria artística, o design assinado e a sofisticação
Texto: Avesani Comunicação | Fotos: Fran Parente

Um apartamento no qual a quase totalidade das paredes são revestidas com lâminas de madeira pode, à primeira vista, ser tomado como um tanto austero e impessoal. Mas não é o caso deste imóvel situado no elegante Parque Cidade Jardim - um condomínio residencial localizado na zona sul de São Paulo, que leva a assinatura da arquiteta e designer Fernanda Marques.

Repleto de charme, a sensação geral para quem chega é de calor e de intimidade. Graças às suas grandes aberturas, que dotam toda sua área social e íntima de uma luz e vista deslumbrantes. E, sobretudo, pelo olhar apurado de Fernanda, responsável também pela curadoria de arte, que conta com obras de Abraham Palatnik, Julio Le Parc, José Patricio e Fernando Velasquez.

Pronto para satisfazer o gosto apurado de seu casal de proprietários – um jovem casal de empresários, com três filhos pequenos –, o projeto de interiores também não deixa nada a desejar do ponto de vista funcional. “Pensei em todos os detalhes com vistas ao aproveitamento máximo dos ambientes por todos os membros da família. Tanto os adultos, como as crianças”, explica a arquiteta.

“A pedido dos meus clientes, dei prioridade ao desenho das áreas sociais, partindo do centro do apartamento, que foi ocupado por uma grande sala de estar, receptiva e acolhedora”, afirma Fernanda, que equipou todos os espaços adjacentes a esse núcleo central – entre eles, a sala de jantar, a área gourmet, o home theater/sala de jogos e a academia – com grandes painéis deslizantes de madeira.

Reforçando toda essa unidade, o piso se mantém o mesmo em toda a planta, desde a saída do elevador até a extremidade de cada ambiente. A existência dos painéis, por sua vez, garante uma versatilidade ainda maior de uso. À medida que as portas de correr se fecham, a grande sala se torna um espaço privado. Ou, caso elas sejam abertas, ela pode funcionar em conjunto com os demais.

Sem abrir mão de uma abordagem minimalista, que valoriza tanto cheio quanto os vazios, na escolha do mobiliário, Fernanda privilegia materiais ancestrais, como o vidro, a madeira e, sobretudo, as rochas. Matérias-primas que em estado próximo ao natural se fazem presentes em móveis e acessórios de design autoral, proveniente de galerias especializadas.

São eles que, ainda que em tonalidades rebaixadas, ao lado de toda a expressividade das obras de arte, colorem sutilmente os ambientes, eliminando qualquer sinal de monotonia. “Também a marcenaria caminha casada a esse conceito de equilíbrio cromático. Sem sobrecarregar demais. Mas como um elemento complementar ao esquema de cores e texturas”, pontua a arquiteta.