Conheça o apartamento do arquiteto Alexandre Dal Fabbro, em São Paulo
- Alexandre Dal Fabbro
- 21 de jun
- 2 min de leitura
Atualizado: 17 de jul
O imóvel de 156 m² é um refúgio sereno, repleto de verde, materiais naturais e que tem a própria arquitetura como protagonista
Texto: Denise Delalamo Comunicação | Fotos: Fran Parente
Em um cenário onde a pressa e a urbanidade ditam o ritmo, o arquiteto Alexandre Dal Fabbro apresenta seu próprio refúgio nos Jardins (SP). Com a colaboração de Mayara Marques no projeto e Maurício Martinez na execução da obra, o profissional transformou o imóvel de 156 m² em um santuário fluído e repleto de cores serenas, que respira arte e aconchego sem depender de excessos.
O apartamento, antes com um layout antigo de três quartos, sem lavabo, e com áreas de serviço e funcionário pouco funcionais, passou por uma reforma total e inteligente. "Meu antigo lar tinha madeira mais escura e acabei enjoando. Para essa nova casa queria algo atemporal e extremamente suave", revela Dal Fabbro.
A reconfiguração resultou em um espaço com duas suítes, sendo a master agraciada com um closet no lugar do antigo quarto de funcionário. Um lavabo foi criado para a área social e a lavanderia ganhou a amplitude necessária. A intervenção incluiu a substituição completa das instalações elétricas e hidráulicas, garantindo modernidade e funcionalidade.
"Queria um apartamento que fosse vestido pela própria arquitetura", explica. Isso se traduz na marcenaria personalizada, que assume um papel essencial na reforma, esculpindo o espaço e criando um pano de fundo elegante que não depende de obras de arte para se mostrar completo. A iluminação indireta, estrategicamente trabalhada em todo o apartamento, contribui para a atmosfera acolhedora e realça os detalhes arquitetônicos.
Um dos pontos de partida mais marcantes foi a decisão de integrar o terceiro quarto à sala, o que revelou pilares existentes que, ao invés de serem escondidos, foram transformados em elementos de destaque. "Até o lavabo tem um pedaço de pilar aparente", conta. A iluminação indireta embutida cria um efeito cênico.
Painéis ripados contornam a área social, integrando nichos, portas (incluindo as de entrada e do lavabo, e o hall dos quartos) e um escritório. Um grande sofá de 3,25 m domina a sala, complementado por peças de design como a mesa de centro da Herança Cultural, a poltrona dinamarquesa da Etel, a poltrona Jangada (voltada para a varanda) e a cadeira Husk de Patricia Urquiola. A sala de jantar, com mesa de 1,30 m de diâmetro, é rodeada pelas poltronas Sênior de Jorge Zalszupin.
A cozinha se conecta à sala através de uma porta de correr de espelho de 1,40 m. Grande parte dos eletrodomésticos fica oculta na marcenaria. Aqui, o mármore cria personalidade.
No quarto, a cabeceira de marcenaria vai de ponta a ponta, com tapeçaria na área da cama. Quadros de Florian e Barsotti arrematam a decoração.
Por fim, a varanda é o "respiro" do apartamento e ganhou projeto de Bia Abreu. As plantas são organizadas em vasos cerâmicos cinza chumbo e caixas metálicas suspensas, reforçando a conexão com a natureza.
