Quem espera conforto e bem-estar na acústica do ambiente deve levar em consideração algumas dicas importantes que fazem toda a diferença

Durante muitos anos o cinema encantava e proporcionava uma experiência única com aquela tela grande e com a qualidade de som, imagem e acústica muito superior ao que se podia ter em uma residência. A diferença é que hoje é possível ter um “cinema em casa”, ou seja, um home theater, com um projeto bem feito e com a instalação de equipamentos específicos. Porém, não basta comprar o equipamento e instalá-lo conforme o manual, já que cada ambiente possui características diferentes e exige uma atenção profissional.

Para esclarecer os mitos e verdades sobre a acústica de ambientes e home theater, convidamos a especialista Maria Eduarda Nucci, da Sax High Fidelity, empresa que executa projetos dessa natureza, que também dará dicas importantes.

As caixas acústicas podem ser instaladas em qualquer lugar e posição.

Mito! 

As caixas acústicas têm, sim, seu lugar correto na instalação do sistema e para garantir uma melhor performance é necessário compreender os seguintes itens:

  • Os sons graves são dispersos mais facilmente no ambiente, porém são os que mais interagem na acústica e mais difíceis de tratar;
  • Os sons médios têm papel importante relativo ao palco sonoro, vivacidade e impacto;
  • Os agudos têm sons direcionais, pois quanto mais alta a frequência, mais direcional se torna o som, criando uma maior percepção de localização dos instrumentos e vozes.

Antes da instalação, deve ser definido o posicionamento das caixas frontais, esquerda e direita para obter o melhor som estéreo e, quando o sistema for multicanal, para home theater, também é necessário fazer o posicionamento das demais caixas para que estas exerçam seus propósitos.

Dica: Caixas acústicas instaladas no teto de gesso devem ser anguladas e direcionadas para o ouvinte. Não devem ser usadas caixas de embutir sem angulação, pois elas jogam o som para o piso, perdendo qualidade, principalmente para as três caixas da frente (esquerda, direita e central).

O número de caixas acústicas é importante para montar um home theater.

Verdade! 

É necessário quantificar o número de caixas, bem como o subwoofer (alto-falante específico para as frequências graves e subgraves), de acordo com o tipo de ambiente.

Pode ser criado um sistema estéreo, o qual compõe de duas caixas acústicas frontais, uma do lado esquerdo e outra do lado direito.

Para um sistema de home theater, o mínimo requerido são cinco caixas, sendo três frontais (esquerda, central e direita) e duas traseiras (esquerda e direita), e um subwoofer que deve ser estudado de acordo com o layout do ambiente, preferivelmente entre as caixas frontais.

Podemos também ter um home theater com sete, nove ou onze caixas acústicas, isso depende do tipo e tamanho do ambiente e o que o cliente espera do sistema.

A preocupação com a acústica em um projeto só se faz necessária em casos específicos como em estúdios, home theaters e na eventualidade de incômodos gerados por ruídos.

Mito! 

A acústica é indispensável em qualquer projeto, tanto residencial quanto comercial, pois se relaciona diretamente com o conforto auditivo.

As tendências modernas de arquitetura e decoração, por buscarem referências mais clean e minimalistas, vêm criando ambientes com altas reverberações internas. Principalmente pelo uso de grandes metragens de superfícies reflexivas feitas com materiais como vidro e pedras, e com pouco uso de materiais absorventes ou difusores, como tecidos, carpetes, cortinas e madeira, entre outros.

A alta reverberação em um ambiente fechado implica na sensação de desconforto profundo, que se intensifica ao longo de períodos mais extensos, como por exemplo:

Se há alguma máquina de ar-condicionado ruidosa no ambiente, o cérebro humano passa a filtrar o ruído e, após alguns minutos de som contínuo, o cérebro para de percebê-lo. Mas, mesmo que não se tenha consciência do ruído, os tímpanos continuam estimulados e geram sinais para o cérebro. Dá-se, então, o cansaço auricular e o desconforto. Isso explica a importância de um projeto de conforto acústico específico.

Outros profissionais da construção civil, sem conhecimento específico sobre acústica, podem realizar com qualidade o trabalho.

Mito! 

É pouco provável que um profissional sem formação acadêmica específica na área de acústica seja capaz de avaliar, calcular, dimensionar e aplicar as soluções necessárias para um projeto eficiente.

Por exemplo, um pedreiro pode ter executado inúmeras lajes, paredes ou até grandes edificações com qualidade, sem que isto signifique que ele seja capaz de resolver cálculos rudimentares de engenharia estrutural.

Isolamento e tratamento acústico não são a mesma coisa.

Verdade! 

Um projeto de isolamento acústico é praticamente o oposto de um projeto de tratamento. O isolamento trata do aspecto quantitativo do som, visando a privacidade acústica entre ambientes, enquanto o tratamento acústico lida com o aspecto qualitativo do som interno de um ambiente, ou seja, da forma com que percebemos o som em casos específicos.

Isolamento acústico: podemos citar o desacoplamento de máquinas de elevadores ou paredes flutuantes para um quarto de estudo de bateria, buscando a redução na transmissão dos ruídos a ambientes adjacentes.

Tratamento acústico: usados em teatros, cinemas, restaurantes e home theaters, com a finalidade de evitar casos de fadiga auditiva e aprimorar os sons desejáveis de músicas, filmes ou conversas no ambiente.

Revestimentos acústicos aplicados às paredes evitam que o som se transmita para os ambientes seguintes.

Mito! 

Os materiais de revestimento considerados “acústicos” não estão relacionados ao isolamento entre paredes, e sim, à sonoridade interna do espaço aplicado.

Seja pelo material ou formato do revestimento, seu comportamento se limita à forma com que os sons nele incidem e se refletem de volta alterando a percepção da reverberação do ambiente. Não há forma eficaz de alcançar isolamento acústico em módulos ou painéis, são necessárias grandes estruturas físicas totalmente fechadas e homogêneas para que a perda na transmissão sonora seja significativa.

A acústica é inimiga da estética.

Mito! 

Todo material empregado na construção e decoração de um espaço tem características acústicas, independentemente de sua função principal. Tendo domínio sobre o comportamento acústico dos elementos aplicados ao projeto estético, é possível alcançar a qualidade sonora necessária sem as limitações decorativas dos produtos. Há produtos acústicos desenvolvidos especificamente para complementar a decoração, mesmo dos ambientes mais primorosos, seja pelo design vanguardista de audiodifusores ou pelo apelo “invisível” de absorvedores.

A acústica encarece o projeto.

Mito! 

Não encarece, porém o resultado final de um projeto arquitetônico elaborado sem nenhum cuidado com o comportamento sonoro é, em sua quase totalidade, desastroso no que tange o conforto acústico. Se percebida posteriormente, a necessidade da adaptação acústica compromete não só a funcionalidade final do projeto, como, também, a performance sonora, e certamente, o orçamento investido. Daí a importância de consultar um profissional de engenharia acústica durante o projeto, para que seja possível prever eventuais problemas ainda no estágio criativo do processo.

Sax Hi Fi e Nemesis – Uma parceria nos projetos acústicos.


Especializada em automação residencial e corporativa, sistemas de áudio e vídeo high end, a Sax High Fidelity está há três décadas atuando com excelência oferecendo o que há de mais moderno em tecnologia no mercado. Atua também com soluções para a comodidade, tais como aquecimento de piso, desembaçador de espelhos, aspiração central e toalheiro aquecido. Oferecem também serviços de rede wi-fi e cabeada de alto desempenho.

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