Em Curitiba, no Paraná, a obra chama atenção pela personalidade e reformulação da planta, tendo a marcenaria como protagonista
Uma tela em branco foi o que os arquitetos do Studio Boscardin.Corsi encontraram ao vislumbrar o apartamento de 70 m² pela primeira vez. Sem limitações e com inúmeras possibilidades em mente, os profissionais começaram resolvendo uma série de limitantes funcionais da planta original, resultando num projeto minimalista, repleto de personalidade. A busca pela integração espacial guiou o trabalho do Studio em Curitiba (PR), que lançou mão de móveis multifuncionais, com desenhos puros, monolíticos e linhas retas, disposto ao lado do mobiliário solto, com apelo ao design assinado.
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“Gostamos de nos deparar com os ambientes crus dessa forma, pois assim podemos encontrar as melhores soluções, oferecendo uma morada em seu máximo potencial ao morador”, detalham os arquitetos. A planta do apartamento foi completamente reformulada para atender as necessidades funcionais e estéticas concebidas pelos dois. A proposta para integração do apartamento incluiu a retirada da parede que delimitava a cozinha, e a abertura de outras que definiam a sacada e separavam a lavanderia da cozinha.
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Logo que se depararam com o apartamento, os profissionais identificaram que o espaço para a sala de estar era restrito e que a circulação para os quartos deixava a porta do banheiro exposta à sala. Para resolverem ambos os problemas, as paredes que definiam o quarto de hóspedes e escritório foram retiradas, dando lugar a um painel amadeirado, executado em marcenaria.
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Assim foi criado um hall de acesso aos quartos, protegendo a porta do banheiro social, remodelando o ambiente do escritório e estendendo a parede da sala de estar, que deu lugar a um sofá de maior comprimento. A solução, além de funcional, foi estética, sendo o painel amadeirado a menina dos olhos do projeto. O elemento oferece dinâmica ao ambiente: com as portas abertas, a sala se abre ao hall interno e, quando fechada, garante privacidade. O hall interno, escritório, e churrasqueira também foram revestidos com o painel.
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A linguagem do apartamento é suave, de personalidade atemporal, características expressas na escolha de cores em contraste, e base neutra: o frio do branco, e o quente da madeira, complementados pelo cinza, preto e o caramelo que quebram a monotonia monocromática. O porcelanato em padrão cimento queimado foi escolhido para revestir todo o apartamento. Na parede, apenas pintura branca, somente a cozinha recebeu uma lateral em drywall e o frontão em porcelanato padrão marmorizado.
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O lado humano do projeto se intensifica pela mesa de jantar Botânica, do Estúdio In Loco, que reflete a exuberância da natureza com suas formas sutilmente desordenadas num ritmo imperfeito. Em composição, as cadeiras da mesa de jantar, Doca, do Estudiobola, que deram leveza e suavidade ao conjunto da área de jantar, com seu desenho sutil. Para fechar, as obras de arte de Adelio Sarro, com temática de trabalhadores rurais, Carlos Bracher e Rogério Dias. Na iluminação, pontos de luz no forro, por meio de peças “no-frame”, sem moldura e recuadas e o rasgo de luz reforçando a planta longitudinal da sala.
Para saber mais, acesse: www.studioboscardincorsi.com.br