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24 de abril de 2024

Contemporâneo com toques de brutalismo

Toques de brutalismo norteiam a reforma e garantem um lar sob medida para o gosto e as necessidades da jovem família

Texto: Marcelo Guidine | Fotos: Rafael Salim


O arquiteto Hugo Rapizo e a esposa estilista moravam de aluguel com as duas filhas pequenas em outro apartamento no mesmo edifício, em Laranjeiras (RJ), dois andares abaixo do atual, na mesma coluna. O casal gostava tanto da planta e da varanda com vista para o verde que não teve dúvida em comprar e reformar este imóvel, de 98m², assim que foi colocado à venda. “A gente queria um apartamento com bastante luz natural, arejado e confortável para receber os amigos”, resume Hugo.



Entre as principais modificações na planta do imóvel, o arquiteto conta que eliminou a parede que separava a sala da cozinha para criar um ambiente de jantar no espaço da antiga copa, deixando os três espaços integrados. “Essa alteração aumentou consideravelmente entrada de luz natural, tanto na cozinha quanto na parte mais escura da sala”, diz. Além disso, o forro do teto da área social foi removido para aumentar a altura do pé-direito, deixando as vigas aparentes, em concreto bruto, e a parede da suíte voltada para a circulação foi derrubada para transformar o antigo closet do casal em escritório. “Mantivemos o quarto de serviço porque às vezes precisamos que a babá durma no apartamento”, informa. 



Segundo Hugo, o conceito principal do projeto foi promover a máxima integração dos espaços para aumentar a sensação de amplitude e tornar cada canto da área social um local agradável de permanência, inclusive para receber os amigos. O projeto faz referências claras ao modernismo dos anos 50 e 60 através de alguns elementos brutalistas, como as vigas aparentes, os móveis mais soltos (no lugar de marcenarias super planejadas) e muitas plantas.



Na decoração, com exceção da poltrona Mole (assinada por Sergio Rodrigues e recém-garimpada em leilão), a mesinha de apoio (da Desmobilia) e a luminária preta de parede (da Reka Iluminação), praticamente todos os móveis foram aproveitados do apartamento antigo, como o sofá, o rack, a mesa de jantar e cadeiras. Já as novas marcenarias e o banco azulejado da varanda foram desenhados pelo arquiteto, sob medida para o apartamento novo. 



No geral, a paleta de cores é bem neutra, composta de bege, marrom, madeira natural, cinza e branco, pontuada pelo verde das plantas. “A ideia foi criar um ambiente amplo que não fosse visualmente carregado, mas que tivesse personalidade. E que o resultado final deixasse o apartamento com atmosfera de casa”, resume Hugo.

No quesito “materiais”, o arquiteto evitou acabamentos em cores fortes para transmitir calma, conforto e sensação acolhimento e, por vezes, resgatar a memória afetiva, a exemplo do tijolo de vidro que esconde a lateral da geladeira, o piso cerâmico da varanda (que lembra antigas lajotas de tijolo) e o encosto do sofá, estofado em couro caramelo. Original do apartamento, o piso em taco foi mantido e restaurado, enquanto as paredes foram pintadas de branco, quase como um framework para infinitas possibilidades. 


Estúdio Hugo Rapizo Arquitetura – @hugorapizo_arq

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Contemporâneo com toques de brutalismo

Atualizado: 7 de abr.

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Texto: Marcelo Guidine | Fotos: Rafael Salim


O arquiteto Hugo Rapizo e a esposa estilista moravam de aluguel com as duas filhas pequenas em outro apartamento no mesmo edifício, em Laranjeiras (RJ), dois andares abaixo do atual, na mesma coluna. O casal gostava tanto da planta e da varanda com vista para o verde que não teve dúvida em comprar e reformar este imóvel, de 98m², assim que foi colocado à venda. “A gente queria um apartamento com bastante luz natural, arejado e confortável para receber os amigos”, resume Hugo.



Entre as principais modificações na planta do imóvel, o arquiteto conta que eliminou a parede que separava a sala da cozinha para criar um ambiente de jantar no espaço da antiga copa, deixando os três espaços integrados. “Essa alteração aumentou consideravelmente entrada de luz natural, tanto na cozinha quanto na parte mais escura da sala”, diz. Além disso, o forro do teto da área social foi removido para aumentar a altura do pé-direito, deixando as vigas aparentes, em concreto bruto, e a parede da suíte voltada para a circulação foi derrubada para transformar o antigo closet do casal em escritório. “Mantivemos o quarto de serviço porque às vezes precisamos que a babá durma no apartamento”, informa. 



Segundo Hugo, o conceito principal do projeto foi promover a máxima integração dos espaços para aumentar a sensação de amplitude e tornar cada canto da área social um local agradável de permanência, inclusive para receber os amigos. O projeto faz referências claras ao modernismo dos anos 50 e 60 através de alguns elementos brutalistas, como as vigas aparentes, os móveis mais soltos (no lugar de marcenarias super planejadas) e muitas plantas.



Na decoração, com exceção da poltrona Mole (assinada por Sergio Rodrigues e recém-garimpada em leilão), a mesinha de apoio (da Desmobilia) e a luminária preta de parede (da Reka Iluminação), praticamente todos os móveis foram aproveitados do apartamento antigo, como o sofá, o rack, a mesa de jantar e cadeiras. Já as novas marcenarias e o banco azulejado da varanda foram desenhados pelo arquiteto, sob medida para o apartamento novo. 



No geral, a paleta de cores é bem neutra, composta de bege, marrom, madeira natural, cinza e branco, pontuada pelo verde das plantas. “A ideia foi criar um ambiente amplo que não fosse visualmente carregado, mas que tivesse personalidade. E que o resultado final deixasse o apartamento com atmosfera de casa”, resume Hugo.

No quesito “materiais”, o arquiteto evitou acabamentos em cores fortes para transmitir calma, conforto e sensação acolhimento e, por vezes, resgatar a memória afetiva, a exemplo do tijolo de vidro que esconde a lateral da geladeira, o piso cerâmico da varanda (que lembra antigas lajotas de tijolo) e o encosto do sofá, estofado em couro caramelo. Original do apartamento, o piso em taco foi mantido e restaurado, enquanto as paredes foram pintadas de branco, quase como um framework para infinitas possibilidades. 


Estúdio Hugo Rapizo Arquitetura – @hugorapizo_arq

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