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Casa 258: Cornetta Arquitetura projeta residência que se integra à paisagem com elegância e respeito ambiental

Atualizado: 25 de set.

Implantada em terreno de aclive em São Roque, projeto de 415 m² combina estrutura metálica, concreto aparente e madeira carbonizada, explorando contrastes entre leveza e solidez


Texto: Redação Habitare Fotos: João Paulo Soares


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Inserida em um condomínio de proteção ambiental em São Roque, a Casa 258 reflete a essência da Cornetta Arquitetura: projetar em sintonia com o lugar, respeitando a topografia e a paisagem. A residência, assinada por Pedro Cornetta e equipe, foi implantada na cota média do terreno de 1.850 m² para preservar o bosque existente na parte superior.


Essa escolha permitiu que a casa assumisse dupla condição volumétrica. Do lado voltado à mata, a residência parece térrea, discreta e sombreada. Já pela via de acesso, revela dois pavimentos e uma presença marcante, articulando diferentes linguagens e usos em uma mesma obra.


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O pavimento inferior, em concreto aparente e pedra rachão, sustenta a garagem, áreas de apoio e a laje da piscina. Esse embasamento sólido contrasta com a leveza do volume principal, elevado sobre pilares metálicos. A piscina com visor frontal, moldada em concreto in loco, é um gesto de arquitetura e engenharia que incorpora o vidro como elemento estrutural, tornando-se peça central da fachada.


Sobre a base repousa o prisma principal da casa, composto por estrutura metálica e painéis de madeira carbonizada. O método de queima controlada, conhecido como Shou sugi ban, confere tons escuros à madeira, criando contraste com o forro e o piso em Tauari, de tonalidade clara e quente. Essa dualidade se prolonga no piso das áreas sociais, revestido em microcimento nude, e na marcenaria em lâmina natural, que garante unidade estética.


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A planta do nível superior é organizada como um pavilhão linear: de um lado, três suítes dispostas em sequência e envolvidas por painéis de pinho carbonizado; de outro, a área social com sala, jantar e cozinha totalmente integrados, abertas por grandes esquadrias piso-teto que conectam interior e paisagem.


Esse projeto se afirma como manifesto de contrastes: luz e sombra, peso e leveza, técnica e poesia. Não busca ostentar sistemas construtivos, mas revelar domínio de gesto e proporção. A elegância está no modo como se insere no terreno, ocupando com clareza e respeito um espaço de intensa beleza natural.


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