Conheça o sofá adequado para cada ambiente de acordo com suas características, bem como a aplicabilidade de cada um na decoração residencial

Para a definição de um sofá, geralmente a atenção está voltada para a cor, tamanho e aparência, mas outros fatores devem ser levados em conta dentro do projeto de arquitetura de interiores. Qual ambiente que o móvel vai compor – sala de estar, varanda, home theater? 

Cada cômodo tem suas particularidades e, por isso, ele deve atender a finalidade esperada – além, é claro, de não ‘brigar’ com o décor e contribuir com a harmonia do layout. “Nessas questões que atribuímos, não podemos desconsiderar o conforto e a durabilidade”, enfatiza a arquiteta Danyela Corrêa, à frente do escritório que leva seu nome. “Em uma sala de TV, ele precisa ‘acolher’ os moradores. O propósito aqui é de relaxar completamente”, exemplifica. 

A profissional também aborda as questões práticas que interferem na decisão: antes de iniciar a busca pelo sofá, ela avalia as dimensões do ambiente para entender qual será o melhor posicionamento, que por sua vez leva em conta a interação com os outros elementos e as circulações mínimas para a movimentação das pessoas. “A proporcionalidade dita a sequência dos fatores que nos auxiliam a ter certeza sobre a peça ideal”, considera. 

Diferentes tipos de sofá  

A indústria moveleira conta com diferentes designs que se adequam às diferentes situações, gostos e as necessidades nos projetos de interiores. “Essas perspectivas são excelentes e, dentre elas, sempre encontramos o sofá para o que realmente precisamos”, diz a arquiteta. Acompanhe os principais apontados por ela: 

– Sofá de canto: também conhecido pelo formato em ‘L’, seu ângulo de 90 graus permite preencher os cantos das salas, otimizar e delimitar os espaços dentro da proposta de integração de ambientes. E ao contrário do que muitos pensam, o móvel cumpre sua função tanto em plantas baixas grandes ou pequenas. “Ainda temos a facilidade de optar pelas versões fixas ou modulares”, pontua Danyela.

 – Sofá cama: de acordo com Danyela o formato é versátil, visto que soluciona a questão de hospedagem para quem gosta de receber em casa, mas não tem quarto disponível. Por seu formato pequeno, é perfeito para as salas de estar de apartamentos compactos.

– Sofá-ilha: sem os conhecidos braços nas extremidades, viabiliza que as pessoas possam se sentar despojadamente em várias direções. Com a sustentação que dispõe de assentos em ambos os lados, é bastante utilizado em áreas sociais conectadas, pois cumpre a função de servir dois espaços, mantendo a distinção e a proposta de cada um. “Sem dúvidas, o sofá-ilha agrega um clima mais descontraído”, analisa a arquiteta. Entre as soluções atribuídas, o móvel pode constituir uma sala de TV e um living.

– Sofá modular: sua estrutura articulada permite que seus módulos individuais possam ser combinados e rearranjados de acordo as possibilidades do layout. “Recentemente o móvel ganhou destaque nas redes sociais e tornou-se um queridinho por conta da flexibilidade que oferece ao décor”,  relata a arquiteta. 

– Os clássicos de dois ou três lugares: excelentes para quem prefere não arriscar ou não tem espaço suficiente para versões mais arrojadas. “Versáteis, eles tanto podem figurar sozinhos, como serem trabalhados em combinação”, analisa Danyela.

– A comodidade da chaise longue: o sofá inspira um clima propício para relaxar devido sua extensão na forma de uma cadeira longa. “Quase que no comprimento de uma cama, a pessoa tem a liberdade de esticar as pernas. É um conforto delicioso”, revela a profissional.

O estofado certo para cada ambiente 

Depois de apresentar as possibilidades de sofás, é importante entender o que pede cada cômodo da casa. A arquiteta Danyela Corrêa explica que livings, salas de estar e varandas – comumente pensados para que os moradores convivam com seus convidados –, pedem por um estofado mais firme, com assento mais raso e ergonomia para uma posição ereta. “Por não ser um assento de longa permanência, essas características garantem uma presença ativa e sem distrações nas conversas”, reitera.

O mesmo pensamento não se aplica ao móvel trazido para o home theater. Pensando na plena comodidade para assistir filmes e séries, uma base mais profunda e macia é a mais indicada para uma experiência prazerosa e relaxante. “Gosto de selecionar sofás mais espaçosos, com encosto para a cabeça e até uma chaise retrátil”, recomenda a profissional.

Na varanda, Danyela ressalta que o design contemporâneo pode fazer parte, mas principalmente em áreas abertas, é importante considerar sofás com materiais mais resistentes e de fácil limpeza. “Ainda mais quando está próximo da área gourmet, não podemos ignorar que podem acontecer incidentes, como uma taça de vinho que cai sobre o estofado”, analisa. Aliás, a impermeabilização é um cuidado muito bem-vindo para preservar a estética e a durabilidade do móvel.

Os melhores tecidos 

Os materiais mais usados para os sofás são o couro, couro sintético, algodão, suede, linho, veludo, lona e chenile, entre outros. Todavia, entre eles,  Danyela aponta sua predileção para os de características mais longevas e fáceis de limpar – caso das tramas sintéticas de alta qualidade que imitam linho, chenille e algodão. “Eles são extremamente eficientes para famílias com crianças pequenas ou animais de estimação”, pontua. “Pensando em uma proposta mais sofisticada, gosto muito do veludo, que  está em alta justamente pela elegância que confere ao móvel”, finaliza.

Danyela Corrêa – @danyelacorrea.arq