O projeto encomendado para o escritório de advocacia surgiu da necessidade de um espaço de interação e troca de conhecimento

Para o escritório de advocacia de 300m², localizado no bairro do Jardins, São Paulo, as arquitetas Amanda Castro e Giovana Giosa, do escritório Studio AG, exploraram alguns elementos para dar força e identidade ao projeto. Foi implantada a área de convívio no centro do conjunto, de maneira que ela fosse um clarão, irradiando luz para o restante das salas através de luminárias que delimitam o ambiente. Uma divisória metálica separa as salas de trabalho individuais do lounge, proporcionando a sensação de divisão e mantendo as vistas. Exploraram a linha horizontal abaixo das vigas para trazer leveza e amplitude ao espaço.

Ao entrar na sala, o usuário é recebido por uma gama de textura e materiais, que o fazem explorar o ambiente de forma sensorial. O projeto encomendado para o escritório de advocacia surgiu da necessidade de um espaço de interação e troca de conhecimento. A área de convívio deveria ser o ponto alto dessa expansão.

Para delimitar o lounge as profissionais desenvolveram uma luminária suspensa de madeira com tela tensionada, criando um plano de luz difusa. Um contraponto interessante e intencional surge ao misturar um material de peso como a madeira típica brasileira com uma tecnologia super atual de iluminação (hi-tech). “Acreditamos que os projetos devem estar sempre atentos às novas tendências sem deixar para traz a cultura e tradição. A repetição dessas luminárias no ambiente dá força e identidade ao projeto.”, afirma Giovana Giosa.

Uma divisória metálica desenhada pelas arquitetas separa as salas de trabalho individual do ambiente de convívio, sem barrar a luz natural para o interior da sala e a artificial para o restante. A ideia de cubos empilhados formando uma nevoa dá a sensação de privacidade, mas mantém as vistas. Essa malha metálica reforça a ortogonalidade e o ritmo dos elementos que compõem a arquitetura que é suavizada através dos cantos arredondados da luminária e da parede curva que abriga a porta do auditório, convidando o usuário a explorar o espaço e simulando de forma poética o folhear de um livro.

A ideia foi explorar a linha horizontal abaixo das vigas para trazer leveza e amplitude ao espaço. E para evidenciar esse conceito, o painel de madeira não chega até a laje, assim como a divisória metálica e o bloco do auditório. Através de uma paleta de cores neutra e silenciosa, o foco foi levar um pouco do aconchego residencial para esse ambiente corporativo, no qual o principal intuito era conectar pessoas e estreitar relações humanas. Havia também uma grande preocupação em imprimir a cultura local naquele ambiente. As lajes em concreto aparente e o uso de madeira nativa, aliada ao mobiliário de grandes designers brasileiros, contribuem para isso.

Escritório Studio AG – Arquitetas Amanda Castro e Giovana Giosa – www.studioag.arq.br – @studioagarquitetura