Cidades-jardim: conceito arquitetônico que inovou a Inglaterra do século XIX e toma conta de grandes centros urbanos mais de 100 anos depois

Viver em 2019 é perceber que cada vez mais as pessoas que habitam os grandes centros urbanos do mundo estão procurando condições melhores de vida – morar perto do trabalho, escolher um condomínio que conta com serviços essenciais ou um bairro com bastante presença de área verde e fácil acesso ao que a cidade tem de melhor para oferecer são só algumas das iniciativas. Apesar desse interesse crescente de alguns anos para cá, ele não é uma novidade. Entre o fim do século XIX e o início do século XX deu-se o início no Reino Unido do Movimento Cidades-Jardim pelo pensador, escritor e parlamentarista Sir Ebenezer Howard (1850-1928).

O objetivo do movimento era, em um período bastante influenciado pela indústria nas grandes cidades, criar espaços onde fosse possível juntar as facilidades da cidade grande com a tranquilidade da vida no campo. Alguns anos depois, tais ideais deram origem às primeiras cidades-jardim: Letchworth e Welwyn, e o conceito foi bastante difundido mundialmente. Mas o que faz com que esse movimento arquitetônico e social seja tão fascinante nos dias atuais?

Viver em ruas arborizadas e próximo a grandes áreas verdes

Grandes centros urbanos costumam sofrer com o aumento da temperatura por conta da enorme quantidade de gás carbônico expelido no ar diariamente por fábricas e automóveis, sem contar o asfalto que absorve o calor emitido pelo sol, deixando as ruas mais quentes. Os bairros-jardins possuem como característica a presença abundante de árvores em suas ruas, além da construção de parques e praças com bastante vegetação. As folhas dessas árvores retêm gotas de água que evaporam, reduzindo os efeitos do calor. Além disso, o aumento de locais com sombra diminui o impacto térmico da luz solar.

Misturar o melhor de dois mundos – a cidade vai ao campo

Um dos benefícios pensados por Ebenezer Howard já no fim do século XIX é a possibilidade de reduzir ou até mesmo eliminar tanto a opressão causada pela urbanização desenfreada quanto as dificuldades em contar com serviços básicos do campo. Os bairros-jardim são projetados de forma a dar a experiência única de viver próximo ao meio ambiente e ao mesmo tempo contar com supermercados, estabelecimentos e fácil acesso aos polos comerciais e ao centro da cidade.

Se importar mais com o lugar em que se vive todos os dias

Um dos pontos positivos observados em bairros-jardim espalhados pelo mundo é a sensação de pertencimento de seus moradores que passam a se preocupar, por exemplo, com a condição das praças, dos parques e das árvores de suas ruas. Além disso, os espaços de área verde comuns são um convite à aproximação entre pessoas. Essa socialização entre indivíduos que compartilham um mesmo bairro é benéfica pois estimula o senso de coletivo para que todos cuidem do espaço – e pode ser o início de grandes amizades!

Existem opções assim em São Paulo?

O perfil de quem busca apartamentos nos Jardins em São Paulo, por exemplo, é bastante evidente – é alguém que não abre mão de morar em uma das cidades mais plurais do mundo, conhecida por ótimas oportunidades de trabalho, variadas opções culturais e vida noturna agitada – mas também não quer viver em um ambiente caótico e com a presença de poluição do ar, sonora e visual. Além dos Jardins América e Europa, quem procura investir em um imóvel localizado em regiões com bastante área verde também fica de olho em oportunidades no Alto de Pinheiros, Alto da Lapa e a própria Cidade Jardim, na Zona Sul da cidade.

Uma tendência que já dura mais de 100 anos, morar em um bairro inspirado pelas cidades-jardim do início do século XX é trazer qualidade de vida para toda a família. Na hora de procurar sua próxima casa, não deixe de pesquisar essas regiões!

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