Um tom de urbanidade para o espaço onde os três filhos do casal, de faixas etárias diferentes, podem curtir a família e seus amigos

O conceito desse apartamento de 307m² já estava definido desde o início do projeto: ser um espaço onde os três filhos do casal, de faixas etárias diferentes, pudessem curtir juntos com a família, além de receber seus amigos separadamente.

A arquiteta Karina Korn, do escritório Karina Korn arquitetura, fez desse preceito missão e projetou um living para ninguém botar defeito e para a família aproveitar cada momento.

A base de toda a decoração foi o cinza, tom neutro com a capacidade de passar diferentes sensações de acordo com os elementos que o acompanham.

No estar e jantar integrados, tecidos nobres, obras de arte e texturas diferentes trouxeram consigo a sofisticação.

O papel de parede, lembra o cimento queimado e foi aplicado em conjunto com outro grande destaque: o mosaico de pedra portuguesa.

O gosto dos moradores por vinho resultou na instalação, em um recorte da sala de jantar, de uma adega com capacidade para 70 garrafas, em um móvel com gavetas para guardar os acessórios para degustação e apoio para servir.

Uma porta de correr na cor preta permite o acesso do estar ao espaço do home theater, um pedido unânime dos três filhos aos seus pais. Ali, a arquiteta deixou imperar a jovialidade e urbanidade com a aplicação do papel de parede que remete à silhuetas de prédios e iluminação indireta por meio de sancas verticais. O sofá estilo loft abraça os moradores durante sessões de cinema em casa.

A varanda é outro espaço onde a comunhão foi valorizada. Enquanto projetava, o dilema era integrar ou não o espaço ao restante do living. Por fim, a arquiteta e os moradores optaram por seccioná-la com portas de vidro. Para manter a integração visual, apostaram na paleta de cores e na nivelação do piso.

Na cozinha, os revestimentos cinza perdem a vez e dão lugar aos ladrilhos hidráulicos coloridos. O ambiente, que representa um dos pilares da casa contemporânea brasileira, se torna divertido e despojado. Para manter o ambiente leve, a arquiteta optou por cadeiras transparentes na área de refeição.

Os quartos dedicados aos filhos foram criados a partir das visões dos próprios meninos e com apenas uma condição dos pais: uma marcenaria mais neutra e durável, considerada realmente evergreen. O filho mais velho, de perfil minimalista e já na faculdade, pediu um ambiente com preto, que ganhou as paredes e móveis.

Já o filho do meio aproveitou a mudança para pedir arte em suas paredes. Junto do artista Leandro Spett, ele definiu um desenho que confere personalidade única ao seu espaço. O toque final de urbanidade é o saco de boxe, um dos hobbies do adolescente.

No quarto do filho mais novo, conforto e aprendizado são palavras-chave. Considerado o mascote da família, seu pedido principal foi o tom esverdeado da parede e dos móveis. Os baús coloridos, com formas de acrílico, unem decoração e função, assim como um quadro que abriga sua coleção de carrinhos. De base neutra, o quarto crescerá junto do pequeno.

Emoldurando a cama do casal, uma cabeceira estofada revela o aconchego levado em conta no projeto do ambiente. Em estilo patchwork, a peça também tem profundidade que possibilita seu uso como prateleira para exibir alguns dos quadros favoritos do casal. Madeira, cobre e branco, tons e materiais que prevalecem nos móveis e acabamentos, combinam tradicionalismo e ousadia.

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