Centro Hospitalar, em Curitiba, aplica os mais modernos recursos da arquitetura hospitalar em sua nova ala de internação

A medicina avança a passos largos em busca de novas soluções de tratamento e cura para doenças. Em paralelo, outras ciências seguem o mesmo rumo colaborando e agregando alternativas e melhorias para tratamentos. Mas não apenas a medicina, fisioterapia, farmácia ou psicologia fazem parte deste rol. Há muito tempo a arquitetura e engenharia vem ganhando espaço e mostrando o quanto podem fazer a diferença no processo de cura de um paciente.

Por volta dos anos 60, as estruturas padronizadas e o ambiente “frio”, que anteriormente queriam demonstrar higiene e tecnologia em saúde, passaram a ser criticadas. A arquitetura pós-moderna promoveu uma reflexão sobre o impacto dos ambientes frios e impessoais na recuperação do paciente e começou a mudar esse cenário. Profissionais se especializaram no tema e cada vez mais clínicas e hospitais passaram a buscar os recursos da arquitetura para proporcionar maior conforto e satisfação do paciente e facilitar o trabalho dos profissionais de saúde.

Bem-estar dos pacientes

Segundo especialistas, a iluminação hospitalar influencia o equilíbrio fisiológico e psicológico dos pacientes e as cores, além de humanizar o ambiente, promovem a sensação de bem-estar e melhoram o processo de cura. Já a utilização de áreas com ventilação natural, além do conforto, auxiliam no combate à infecção hospitalar devido à renovação constante do ar.

Outro fator, não perceptível ao olhar dos usuários, mas de fundamental importância num projeto, é o conforto higrotérmico, que deve funcionar controlando o acúmulo de calor natural da estrutura e dispensando a umidade excessiva do local. Os móveis, objetos de arte e decoração complementam o objetivo de humanizar o ambiente e trazer a atmosfera doméstica para dentro do hospital.

Um exemplo de como as novidades na arquitetura hospitalar vem ganhando força e passando a fazer parte do planejamento estratégico das instituições de saúde é a nova ala de internação do Centro Hospitalar da Nossa Saúde, em Curitiba. Inaugurada no final de agosto, a nova ala disponibiliza leitos de internação com ambientes em padrão hoteleiro e funcionalidades que colaboram com os serviços de saúde.

“Nossa proposta foi promover ao máximo o bem-estar dos pacientes e todos os detalhes foram pensados visando a descaracterização hospitalar”, comenta a engenheira civil Luciana Costin, responsável pelo projeto.

“Na decoração optamos por leveza e contemporaneidade, com linhas retas nos móveis e uma paleta de cores em cinza, branco, amadeirado e detalhes em laranja, que é a cor da vitalidade. Aplicamos uma iluminação indireta e de serviço nos leitos e um piso vinílico amadeirado, proporcionando assim maior aconchego ao ambiente”, complementa. Os apartamentos são privativos e semi privativos, equipados com mobiliário diferenciado, wi-fi, TV, frigobar e um sistema integrado de gasoterapia.

Manutenção facilitada

Ainda, segundo a engenheira, além do inox nas áreas mais críticas, nos bate-macas e tampos dos postos de enfermagem foi utilizado o Silestone, uma superfície sólida monolítica que garante melhor higienização e prevenção contra microorganismos. Pensando no conforto dos profissionais de saúde, que passam muito tempo dentro do hospital, a principal preocupação foi criar postos de trabalhos ergonômicos e facilitar o acesso aos leitos.

E como uma das metas do hospital também é tornar a estrutura mais sustentável, soluções elétricas com baixo custo de manutenção foram utilizadas. Também, durante a obra, houve o cuidado com a minimização dos resíduos de construção civil e sua correta destinação.

O projeto arquitetônico também contribuiu, e muito, para facilitar as necessidades de internação e a segurança hospitalar. Para as internações que exigem no máximo 12 horas de internação, foi projetado um apartamento para procedimentos de Day Hospital. Por outro lado, para os pacientes de risco, foram criados dois apartamentos com leitos especiais, respiradores e equipamentos de monitorização. E para os casos com necessidade de isolamento, dois apartamentos com uma antecâmara para assepsia, que só permite o acesso e saída do leito do paciente após os procedimentos necessários de higiene.

“Além de propiciar um ambiente agradável para pacientes e acompanhantes, buscamos planejar a nova ala utilizando todos os recursos possíveis para promover a saúde do paciente e melhorar as condições de trabalho dos colaboradores”, revela Dulcimar De Conto, diretora geral da Nossa Saúde, operadora de planos de saúde.

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