Arquitetas compartilham suas dicas para deixar a casa em harmonia para convivência entre donos e pets, já que somos apaixonados por eles!
Arquitetas Daniele Okuhara e Beatriz Ottaiano, da Doob Arquitetura, e Ana Yoshida, do escritório Ana Yoshida Arquitetura e Interiores, compartilham suas dicas para deixar a casa em harmonia para convivência entre donos e pets.
Brasileiro é apaixonado por animais de estimação. No país, a população de pets cresce exponencialmente, assumindo o status de membros das famílias. E não é para menos: de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 50 milhões de cães e 22 milhões de gatos vivem nos lares brasileiros.
Projeto Ana Yoshida | Foto: Fotos Luís Simione
Os cuidados com os bichinhos de estimação não ficam restritos à alimentação, visitas frequentes aos pet shops e a saúde animal com consultas periódicas em clínicas veterinárias. Na arquitetura e decoração, cães e gatos recebem atenção especial para viverem confortavelmente junto aos seus donos. Experientes em executar projetos com a presença deles, as arquitetas Daniele Okuhara e Beatriz Ottaiano, da Doob Arquitetura, e Ana Yoshida, do escritório Ana Yoshida Arquitetura e Interiores, são unânimes em afirmar que é possível ter em casa um décor moderno, atual e completamente adaptado aos cachorros e gatos. Basta acertar na escolha dos materiais a serem utilizados e atentar-se a observações que farão a diferença no dia a dia da família.
Abaixo, as profissionais relacionam as principais dicas para deixar a casa ainda mais gostosa para os moradores e seus animais:
Projeto da doob arquitetura | Foto: Júlia Ribeiro
1. Adaptação nos ambientes e segurança
Durante o projeto, o profissional de arquitetura e decoração deve considerar espaços específicos para o descanso, alimentação as necessidades fisiológicas dos pets. Para facilitar o acesso, passagens adaptadas podem ser instaladas nas portas. “Para quem mora em apartamentos ou sobrados, é imprescindível investir em redes de proteção nas janelas e varandas”, enfatiza a arquiteta Ana Yoshida.
Projeto da doob arquitetura | Foto: Júlia Ribeiro
2. Piso certo
Praticidade é a tônica na escolha do revestimento escolhido para o chão, já que demandam maior frequência no processo de limpeza. “Se um cliente demonstra interesse por um piso de madeira, sugerimos repensar a escolha, pois o material sofre com os arranhões, deteriora com a acidez da urina dos cães e limita o processo de limpeza, já que não podem lavados”, explica a arquiteta Beatriz Ottaiano, da Doob. A mesma restrição acontece com o piso laminado, que se deteriora com a umidade.
Entre as opções, o porcelanato aparece como o tipo de revestimento que atende os mais variados estilos de decoração devido ao grande número de acabamentos disponíveis – amadeirados, marmorizados e aqueles que imitam concreto, entre outros –, e podem ser limpos com facilidade. “Para quem não gosta do toque frio do porcelanato, há ainda a opção do piso vinílico, que embora não possa ser lavado com balde de água, apresenta uma resistência maior à água”, diz Beatriz.
3. Acerte no revestimento das paredes
Faz parte do comportamento dos cães o hábito de esfregarem o corpo nas paredes da casa. O mercado oferece inúmeras opções de tintas acrílicas laváveis e que facilitam a faxina. Sobre a escolha das cores, as mais escuras são fortes aliadas, pois ajudam a disfarçar a sujeira e, no caso de papel de parede, as versões de vinil podem ser facilmente higienizadas com pano úmido.
Projeto da Ana Yoshida | Foto: Evelyn Müller
4. Móveis e decoração
Os cães, principalmente os extrovertidos, não têm noção de cuidado com os móveis e com parte de decoração da casa. Assim, acabam batendo em objetos que, além de danificar os itens podem, muitas vezes, provocar acidentes. Assim, é aconselhável usar estantes fechadas. No caso de gatos, que adoram subir em móveis, a marcenaria pode ser pensada para proporcionar um maior grau de dificuldade nessa escalada.
Com relação às cadeiras, as profissionais da Doob arquitetura sugerem peças produzidas à base de polipropileno ou polietileno, que são mais práticos de limpar. “Se optarmos por cadeiras de madeira revestidas com tecidos, sempre damos preferência para fibras sintéticas às naturais em linho e algodão”, explica Beatriz. Também é importante considerar, tanto para as cadeiras como sofás, a impermeabilização ou blindagem do tecido para driblar, em tempo hábil, qualquer imprevisto.
Projeto da doob arquitetura | Foto: Júlia Ribeiro
Para os apaixonados pelos felinos, tramas fechadas são ideais para que as garras não estraguem os tecidos. “Com trama de poliéster e algodão impenetrável, o tecido impermeável tem uma ótima relação custo-benefício e é simples de limpar. Tendência na decoração, a lona de caminhão também é bastante usada”, conta Danielle.
Projeto da doob arquitetura | Foto: Júlia Ribeiro
Completando a decoração, cortinas de linho ou voil devem ser desconsideradas, pois podem desfiam com facilidade. Pensando em durabilidade, persianas de rolo são as mais indicadas. No tocante aos tapetes, a sugestão é escolher um modelo produzido com fibras sintéticas de vinil e poliéster, que são laváveis e apresentam a trama totalmente fechada.
Projeto Ana Yoshida | Foto: Fotos Luís Simione
5. Casinhas para pets
Em casas ou apartamentos não há necessidade de usar a estrutura de uma casinha. “Geralmente, elegemos estofados posicionados em um cantinho”, explica Ana Yoshida. Para quem tem uma boa área externa e pretende construir uma casinha para o cachorro, um bom material para é o pistão, que propicia a limpeza facilitada e permite que a casa fique mais arejada. Caso seja possível, vale construir a casinha sobre uma base de alvenaria não eliminar a necessidade de suspender a estrutura durante a lavagem da área.