Quaisquer que sejam as suas coleções, é preciso saber adequá-la corretamente nos ambientes da casa para que não sobrecarregue

Corujas, bonecas, canecas, girafas ou quadros. Seja qual for o tipo de coleção que você tenha é preciso saber adequá-la corretamente nos ambientes da casa para que não sobrecarregue os espaços e torne-os confusos.

De acordo com a arquiteta Simone Rocha, o primeiro passo para organizar as coleções em casa é identificar e separar os diferentes produtos ou objetos para que se tenha uma melhor disposição deles.

“Esta divisão pode ser feita em função do tipo de objeto, das cores, materiais, tamanhos, origem ou qualquer outro parâmetro estabelecido pelo proprietário. Nesta etapa é importante ter a capacidade de se desfazer daqueles itens que não possuam valor – sentimental, histórico ou financeiro -, evitando assim um acúmulo desnecessário. Feita esta triagem, deve-se passar para a disposição das coleções nos ambientes, que dever variar conforme o tipo de objeto colecionado. Por exemplo: uma coleção de xícaras pode ser armazenada na cozinha ou espaço gourmet, enquanto louças e cristais ficam melhor na sala de jantar e os livros vão bem em escritórios, quartos ou salas de TV”, explica.

Para a profissional, é importante frisar que não há regras neste sentido, principalmente quando se tratam de objetos neutros, como quadros, obras de arte e adornos trazidos de viagem. O ideal é identificar e aproveitar espaços de destaque na decoração que permitam valorizar as coleções.

Os mobiliários mais apropriados para dispor as coleções são prateleiras, estantes com nichos e mesas de centro, que costumam acomodar bem estes objetos. De acordo com Simone Rocha, a criatividade também conta muito neste momento e as coleções podem até mesmo compor espaços inusitados e bem divertidos.

“Se os objetos forem muito pequenos e em grande quantidade, o ideal é colocar em móveis com portas de vidro, que permitam a visualização, mas, ao mesmo tempo, protejam a coleção contra poeira e desgastes do tempo. Se a coleção for de itens maiores e em menor quantidade, podem ficar em espaços abertos, desde que limpos com bastante frequência. Dispor os objetos em carrinhos de chá, baús e penteadeiras também pode ser uma ótima opção, pois agregam charme e destaque ao ambiente. Na hora de definir o local, o importante é analisar a proporção entre os objetos e o móvel, buscando não preencher totalmente os espaços e deixando áreas vazias, ‘de respiro’, que permitam melhor visualização e maior destaque à coleção em si”, explica.

A altura dos móveis também é um fator que deve ser observado, pois mesas de centro e móveis mais baixos podem desvalorizar coleções de itens muito pequenos que acabam passando despercebidos por ficarem abaixo da linha do olhar. Outro ponto a ser considerado é a composição das cores, como cita a arquiteta.

“Deve ser levada em consideração a paleta de cores do ambiente. No caso de coleções com cores muito diversificadas, procure dispor em ambientes que tenham tons neutros e tons pastel, de forma a valorizar os objetos. O uso de móveis leves, com vidro e transparência também ajuda a valorizar os objetos em si. Deve-se agrupar e separar as diferentes coleções e evitar a ocupação de todos os cantinhos com as mesmas, permitindo que o olhar foque distintos pontos de destaque. Caso o acervo seja muito grande, uma boa solução pode ser deixar parte das coleções guardadas e ir alternando os itens expostos periodicamente, de maneira a renovar sempre a decoração e evitar a sensação de um espaço visualmente carregado”, encerra.

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