Apartamento antigo com espaços personalizados trazendo um ar mais jovem e moderno, sem excesso de adornos nem objetos

Os moradores, um casal jovem com dois filhos, compraram esse apartamento antigo, cerca de 40 anos de existência, e pediram para que as arquitetas Ana Cristina Tavares e Claudia Krakowiak Bitran, da KTA Arquitetura, personalizassem os espaços e trouxessem um ar mais jovem e moderno, sem sobrecarregam com adornos em excesso nem objetos.

A mãe do morador é artista plástica, Anita Kaufmann, por isso as peças dela aparecem em vários pontos do apartamento, como perto da lareira e no hall de entrada. Com a repaginação das áreas sociais, não só as obras de arte, como outras peças de família foram valorizadas e ficam em maior evidência.

A família procurava por um apartamento maior e a escolha por este apê de 40 anos foi a melhor opção, também por ter boa uma localização (na zona sul de São Paulo). As salas, bem espaçosas, agradam muito, mas foram um desafio para a dupla de arquitetas por serem compartimentadas.

“A gente revirou o layout todo, mudamos a posição da tela na sala de TV, repensamos a sala de estar e a de jantar. Sobrando lugar para uma estante de livros, que abriga a adega, e um aparador que abriga uma bandeja com taças e bebidas, como um bar”, fala Claudia.

Não derrubamos parede – a compartimentação era do mobiliário mesmo. Mudamos a sala de jantar de sentido, ela está perpendicular a janela e era paralela. Quando viramos o sofá, a sala ficou mais fluida. A interação entre todos ficou maior. A questão era de layout, solução de interiores.

Além disso, a circulação estava muito prejudicada. A sala de jantar ocupava mais que o dobro do espaço e na sala de estar não cabiam dois sofás. Com estas mudanças, a área social ficou mais fluida, mais limpa e espaçosa. Esse espaço ficou com layout propício para as conversas, pois quem está no living conversa com quem está na sala de tv.

“A estante já existia, então pintamos e adaptamos para que uma adega e um bar ficassem em destaque junto com as demais peças decorativas”, explica Ana Cristina Tavares.

O piso já existia, só foi restaurado. A marcenaria fez toda a diferença na sala de TV. Cresci o painel onde passa toda a parte elétrica do projeto. É no painel que também fica a TV.

A lareira de vidro no living tinha revestimento tipo canjiquinha, mas não harmonizava muito com o restante do ambiente. Então ela recebeu uma moldura de mármore bronze Armani que deu um toque elegante. Os tijolos refratários também foram encobertos. Há ainda dois armários para guardar utensílios da casa, quase que imperceptíveis nas laterais da lareira. Ao centro, uma obra de arte de Anitta Kaufmann.

Boa parte do mobiliário já existia e o cliente não quis desfazer, como os dois sofás de chenille, as duas poltronas e mesa de centro Tauna do living, que eram do antigo apartamento. As cores aparecem nas almofadas e no tapete vermelho de lã.

O forro é laje com pé-direito não muito alto. “Criamos um rebaixo central, solto do resto, fizemos uma iluminação indireta”, explica a arquiteta Claudia.

No lavabo a louça foi mantida. O que deixou o lavabo bacana foi o papel de parede. Mistura cor e textura, meio roxo, meio cinza. Os outros revestimentos já existiam.

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