Fundação Nadir Afonso, construída pelo Arquiteto Álvaro Siza Vieira às margens do rio Tâmega, definida como um retângulo paralelo ao leito do rio

O piso único do edifício da Fundação assenta em plataforma elevada, apoiada em muros perpendiculares ao rio, a fim de não estar sujeito a uma eventual inundação. Não é de excluir o risco de uma cheia excepcional.

Os espaços internos programados desenvolvem-se longitudinalmente em três setores:

— Átrio, recepção, ascensor public, biblioteca, auditório para 100 pessoas, vestiários, sanitários, livraria e cafeteria.

— Espaços expositivos, na ala central, subdivididos em 3 alas longitudinais e incluindo sala de exposição permanente e arquivo, mais as salas de exposições temporárias.

— O topo do edifício inclui centro de controle e segurança, escada de serviço, recepção e acesso aos arquivos; sanitários, sala do pessoal e áreas de administração; atelier de artes plásticas e de Nadir Afonso (dispondo de luz zenital e de vista sobre o rio).

O edifício é construído com muros estruturais em betão branco exteriormente aparente; a cobertura é revestida a seixo em quase toda a sua extensão. Os acabamentos interiores essenciais são em soalho de madeira nos pavimentos, gesso cartonado nas paredes e tetos e mármore branco nas zonas de água. As esquadrias interiores são em madeira e aço inox; as exteriores em madeira e alumínio.

Os pavimentos exteriores são em lajeado de granito nas escadas e patamar de acesso; e em mármore branco nas varandas. No que se refere ao projeto de paisagismo e arranjos exteriores, desenvolvidos pelo arquiteto paisagista Luis Guedes de Carvalho, do Atelier do Beco da Bela Vista, a proposta prevê a limpeza e consolidação das ruínas da canelha das Longras, à semelhança do que foi efetuado na intervenção recentemente realizada nas margens do Tâmega, assim como a preservação de algumas das árvores de fruto existentes.

Álvaro Siza Vieira
www.sizavieira.pt

Fundação Nadir Afonso
www.nadirafonso.com/fundacao